Intérpretes de sambas-enredo viram patrimônio imaterial do Rio de Janeiro

Foto: Tânia Rêgo. Agência Brasil

Lei estadual reconhece oficialmente o papel histórico dos intérpretes no carnaval carioca

O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro sancionou a Lei 10.914/2025, que declara os intérpretes de sambas-enredo como patrimônio imaterial do estado. A nova legislação reconhece o papel fundamental desses artistas na preservação da cultura, da história e do carnaval fluminense.

A medida homenageia figuras marcantes das escolas de samba, como Jamelão, lendário intérprete da Estação Primeira de Mangueira, que emocionava as arquibancadas com sua voz potente, e Neguinho da Beija-Flor, que anunciou sua despedida da função em 2025 após décadas à frente da escola de Nilópolis.

Também foram lembrados Dominguinhos do Estácio, Paulinho Mocidade e Quinho do Salgueiro, nomes que marcaram época na Marquês de Sapucaí. Entre as mulheres, destaca-se Dona Ivone Lara, do Império Serrano, primeira mulher a assinar um samba-enredo na história do carnaval carioca.

Segundo o governador Cláudio Castro, a sanção “é um reconhecimento e uma homenagem mais do que justa aos artistas que contribuem para a nossa cultura e abrilhantam os desfiles das agremiações. Todos merecem os nossos aplausos”, declarou em nota oficial.

A lei reforça o compromisso do estado com a valorização do samba e da identidade cultural do Rio de Janeiro, consolidando a importância dos intérpretes como pilares da maior festa popular brasileira.