Em cerimônia reservada, novos ministros tomam posse em Brasília

solenidade
Foto: Marcos Côrrea/PR

Os novos ministros foram empossados nesta terça-feira no Palácio do Planalto

Os novos ministro do governo Bolsonaro tomaram posse na manhã desta terça-feira (6), no Palácio do Planalto. Diferente do protocolo, a solenidade aconteceu com portas fechadas e sem a presença da imprensa. A cerimônia teve a participação do presidente e na oportunidade, os seis novos nomes discursaram brevemente, destacando as prioridades de cada pasta.

Durante a solenidade, Jair Bolsonaro destacou que “não tem uma escola para ser presidente ou para ser ministro. Temos aqui, vocês são testemunhas disso. Temos que ter coragem de decidir. Como aprendi lá na Escola Preparatória de Cadetes, na Academia de Rezende, que pior que uma decisão mal tomada, é uma indecisão”.

O atual chefe do executivo também reafirmou a importância da confiança nas pessoas. “São decisões difíceis que nós tomamos muitas vezes. Agora, aprendi também depois da terceira idade, que o currículo é muito importante. Mas tem algo que é muito, muito mais importante que o currículo, é a confiança nas pessoas. E assim nós devemos montar a equipe que se propõe, se voluntaria a estar conosco, em especial nos momentos difíceis.”

A reforma ministerial da semana passada trouxe seis mudanças na Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres; no Ministério da Defesa, Walter Braga Netto; no Ministério das Relações Exteriores, Carlos Alberto França; na Secretaria de Governo, Flávia Arruda; e na Advocacia-Geral da União, André Mendonça.

Os novos ministros discursaram brevemente e falaram das prioridades das pastas. Ramos, da Casa Civil, entende que “vivemos um momento crítico histórico. Em que pesem os desafios, as restrições e a tristeza que a atual pandemia nos tem imposto, temos lutado incansavelmente pela nossa democracia e pelo digno reconhecimento desse governo perante a sociedade brasileira e no concerto das nações”, disse.

Na Defesa, o novo ministro Braga Netto disse que a pasta dará continuidade nas ações de combate à pandemia da covid-19 e na vacinação dos brasileiros. “O trabalho lá continua árduo, ele não muda nada, a Defesa continua com a sua missão constitucional, de defesa da pátria e dos poderes constitucionais e, conforme a orientação do senhor (presidente Bolsonaro), dentro das quatro linhas do que prevê a Constituição”, afirmou.

O discurso da nova chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, não foi divulgado pela Presidência. No entanto, em nota, a ministra disse estar honrada em assumir a pasta encarregada “das relações entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo num momento tão crucial da história do país”.

André Mendonça, que assumiu o Ministério da Justiça com a saída de Sergio Moro, voltou a Advocacia Geral da União. O discurso dele também não foi divulgado. Agora ministro da Justiça, Anderson Torres afirmou que: “a justiça e a segurança pública somadas são a espinha dorsal da paz e da tranquilidade da nação, principalmente quando se passa por uma crise sanitária mundial como a que vivemos e que impacta diretamente a economia e a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros”.

Já o novo ministro das Relações Exteriores, Carlos Aberto França, defendeu o diálogo com outras nações. “O Brasil sempre foi ator relevante no amplo espaço do diálogo multilateral. Isso não significa, como é evidente, aderir a toda e qualquer tentativa de consenso que venha a emergir, nas Nações Unidas ou em outras instâncias. Não precisa ser assim e não pode ser assim. O que nos orienta, antes de tudo, são nossos valores e interesses. Em nome desses valores e interesses, continuaremos a apostar no diálogo como método diplomático”.

 

*Com informações da Agência Brasil

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