
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, o ex-vice-presidente dos EUA e ambientalista Al Gore voltou a insistir que a crise ambiental ainda não é compreendida pelo número suficiente de pessoas. “Talvez este seja o desafio mais complicado que a humanidade já enfrentou”, disse.
Al Gore participou do evento “Mudança Climática, Desenvolvimento Sustentável e Democracia”. Em formato de diálogo, o ambientalista teve a companhia do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Os dois enfatizaram a necessidade de ampliar esforços de cooperação multilateral e de diálogo entre países para avançar nas diversas agendas mundiais, incluindo a questão climática. “A construção de princípios e compromissos vinculantes, com fortalecimento das instituições multilaterais, é muito melhor para a humanidade do que assistir ao retorno a uma ordem unilateral autoritária”, avaliou Mercadante.
Os dois palestrantes também destacaram a necessidade de atrair investimentos privados para fazer frente às emergências climáticas. Al Gore elogiou o modelo do BNDES, que mobiliza recursos privados com mitigação de riscos para os envolvidos. “O papel do banco público é catalisar e construir parcerias com o setor privado”, resumiu Mercadante, citando a retomada da política do BNDES para investimento em empresas, com foco nos setores de descarbonização, economia verde e inovação digital.
Segundo Al Gore, cerca de 175 milhões de toneladas de poluentes gerados pela atividade humana são lançadas diariamente na atmosfera. Ele lembrou que isso cria efeitos negativos em massa, incluindo impactos para os oceanos, desertificação de áreas e migrações forçadas. Entre as formas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o ex-vice-presidente mencionou aço verde, cimento verde e meios de transporte menos poluentes.




















