Na Holanda, cientista brasileira é destaque em grupo de trabalho sobre IA

Foto: Arquivo Pessoal

A professora e pesquisadora Carolina Horta Andrade, da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi selecionada como a única representante do Brasil para integrar um grupo de trabalho sobre inteligência artificial (IA) na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW). O encontro, que reúne 25 especialistas globais, ocorre entre 16 e 18 de setembro em Haia, na Holanda, e tem como objetivo avaliar os impactos da IA na Convenção Mundial sobre Armas Químicas, identificando tanto riscos quanto oportunidades para sua implementação.

Carolina Horta é pesquisadora do Centro de Competência em Tecnologias Imersivas (AKCIT) da UFG e uma das duas únicas cientistas latino-americanas convidadas. O grupo de trabalho focará em aplicações de IA como aprendizado de máquina, robótica e ética tecnológica para avanços nas ciências químicas, incluindo a criação, produção e identificação de substâncias químicas.

Além de contribuir com as discussões internacionais, a cientista apresentará o projeto “SOFIA”, desenvolvido no AKCIT, que combina inteligência artificial e realidade virtual olfativa. A iniciativa tem aplicações promissoras em áreas como saúde, educação e treinamento imersivo.

Trajetória de reconhecimento global
Carolina Horta é reconhecida internacionalmente por suas pesquisas no desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas, como tuberculose, malária e leishmaniose. Seus trabalhos sobre alternativas terapêuticas para leishmaniose renderam-lhe o prêmio Talentos Internacionais em Ascensão, concedido pela L’Oréal e UNESCO em 2015. Sua atuação reforça o papel do Brasil em inovação científica e cooperação global em tecnologias emergentes.

A participação da pesquisadora em fóruns internacionais destaca a expertise brasileira em inteligência artificial e ciências químicas, abrindo caminho para futuras colaborações e políticas públicas alinhadas aos avanços tecnológicos.