O Festival IDAEB vai trazer mostra competitiva, oficinas de dança, palestra, ballroom e batalhas open styles, com participação do público. A 8ª edição traz, pela primeira vez, o intercâmbio com a França
Kuduro, Popping, breaking, afro house, samba no pé, passinho. Você conhece ou já dançou alguns destes estilos? Nos meses de junho e julho, o público brasiliense terá a oportunidade de assistir e participar de um grande festival de dança que vai trazer à cidade renomados profissionais brasileiros e angolanos para uma extensa programação que inclui apresentações, oficinas, palestras, competições e batalhas de dança abertas ao público.
Será a primeira vez que o Festival do IDAEB (Intercâmbio de Dança entre Brasil e Angola) sairá do circuito Luanda-Rio de Janeiro. Em sua 8ª edição, o intercâmbio estará sediado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Espaço Cultural Renato Russo e no Centro de Dança do Distrito Federal. As apresentações e competições acontecem de 27 de junho a 14 de julho.
Em Brasília o Festival terá edição especial com a abertura do diálogo artístico com a França. Com o apoio da embaixada francesa, vai apresentar o espetáculo “Em suas marcas, prontos, atire, dance”, do dançarino francês Deyvron Noël. Na apresentação de dança, ele performa e dirige os bailarinos da companhia de dança Corpus Entre Mundos e artistas convidados do Distrito Federal.
Já estão confirmadas também as presenças dos dançarinos angolanos Vandro Poster (Kuduro e Afro House), Hellie Groove, (popping) e B-Boy Erivan (breaking). Os dançarinos e coreógrafos profissionais, além de performar, darão oficinas de dança para o público.
Entre os brasileiros estarão na cidade JP Black (locking), Luara Bombom (samba), Gil Tobias (jongo), Laranjinha (passinho), Bruno Vitor (jazz funk) e Geo (afrofusion). A dança contemporânea estará representada por Kaled Andrade e Giselle Rodrigues de Brito, coreógrafa e professora do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília.
“O cenário da dança em Brasília é vibrante e diversificado, com uma comunidade engajada e apaixonada pela arte. Os valores do festival estão alinhados com o contexto multicultural e cosmopolita de Brasília, uma cidade que conta com vários festivais. Nossa intenção é somar na busca pelo conhecimento, o fazer artístico, a valorização da arte e a profissionalização da dança”, destaca Dilo Paulo, dançarino angolano idealizador e coordenador do IDAEB com a dançarina Lenna Siqueira, desde 2017.
Lenna destaca que o IDAEB vai oferecer uma programação para artistas, bailarinos, coreógrafos, profissionais da dança e todas as pessoas que amam dançar, compartilharem suas experiências, técnicas e talento. “Vamos receber pessoas de todas as idades, origens e níveis de habilidade para incentivar o aprendizado, a troca de conhecimento e o fortalecimento da arte”.
Mostra competitiva, batalhas e ballroom
A diversidade cultural e a expressão artística por meio da dança também acontecerá na Mostra Expressão, evento competitivo que vai premiar as melhores performances de dança com premiação em valores de até R$ 4 mil, para atuações individuais, duplas, trios e grupos (para profissionais e amadores).
O público poderá acompanhar ainda as batalhas de dança entre artistas dançarinos angolanos e brasileiros em Batalhas de Dança. A seletiva – aberta também ao público amador – acontecerá no dia 7 de julho, no Espaço Cultural Renato Russo, e a final, no dia 11, no Centro Cultural Banco do Brasil.
Outro destaque do evento será a ballroom especial produzida pela famosa House of Zion, de São Paulo, que inclui oficina e roda de conversa com Raio Zion e Úrsula Zion.
As ballrooms são bailes e fazem parte de um movimento dinâmico e resiliente originado na década de 1970 por travestis e mulheres trans afro-americanas e latinas das periferias de Nova York. Nesses bailes, dançarinos, profissionais e amadores mostram a sua arte e resistência por meio da dança e movimentos livres e debatem temas de interesse de suas comunidades.
O Festival IDAEB terá seu encerramento no dia 14 de julho com o mineiro radicado no Distrito Federal, DJ Umiranda, e artistas convidados.
Intercâmbio técnico e network
Lenna e Dilo, que também são diretores da companhia Corpus Entre Mundos (DF), destacam que o IDEAB busca o intercâmbio de técnicas, experiências e pesquisas no setor da dança, bem como o impulsionamento da economia criativa, por meio do apoio da profissionalização dos artistas e networking.
“Ao longo desses anos, buscamos apoiar a formação e profissionalização dos bailarinos de Angola por meio de programas de capacitação, workshops e bolsas de estudo”, explica Lenna.
No dia 4 de julho, o evento vai promover a palestra gratuita “O que é ser um profissional da arte?”, uma conversa com as dançarinas Helena Neto, Karina Araújo e Isidro Senene, no dia 4 de julho, no Centro de Dança do Distrito Federal.
Acessibilidade
Priorizando a acessibilidade e a inclusão, o IDAEB conta com uma equipe dedicada e medidas específicas para garantir que o festival seja acessível a todos, incluindo pessoas com diferentes tipos de deficiência.