
O verão, com suas altas temperaturas, viagens, mudanças na rotina e consumo frequente de alimentos pesados, pode levar a desconfortos como dor no estômago, má digestão e alterações gastrointestinais. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Lucas Nacif, o calor intenso, a baixa ingestão de líquidos e a alimentação desregrada são os principais responsáveis.
“O verão muda o comportamento do nosso corpo sem que a gente perceba. Perdemos mais água, comemos em horários irregulares, dormimos pior e recorremos a alimentos mais gordurosos e de fácil acesso. Tudo isso altera o sistema digestivo”, explica o especialista.
A desidratação tem um impacto direto: com menos líquido no trato gastrointestinal, a digestão fica mais lenta, o estômago demora para esvaziar e aumenta a sensação de peso e desconforto. Além disso, a absorção de gordura exige mais esforço do organismo – justamente o tipo de alimento mais comum em viagens e férias.
Alguns sinais, no entanto, podem indicar problemas que vão além do desconforto sazonal. “Gastrite, refluxo e distensão abdominal podem piorar no calor. Dores mais fortes podem sinalizar inflamações, como pancreatite ou outras condições gastrointestinais”, alerta Dr. Nacif.
Quando procurar ajuda médica
O médico orienta buscar auxílio especializado se surgirem:
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Dor abdominal intensa ou persistente
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Azia ou queimação que piora com o tempo
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Náuseas e vômitos frequentes
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Sensação de estufamento com perda de apetite
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Fezes muito escuras, com sangue ou alteração intensa do hábito intestinal
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Febre, mal-estar generalizado ou dificuldade para se alimentar
“Esses sinais mostram que o organismo não está apenas ‘estranhando’ a mudança de rotina. Investigar cedo evita complicações e permite um tratamento rápido”, reforça.
Para prevenir desconfortos, a recomendação é manter hidratação constante, fazer refeições leves, evitar longos períodos de jejum e não abusar de frituras, especialmente nos dias mais quentes. “O verão é uma estação de excessos, mas o sistema digestivo responde melhor quando há equilíbrio”, conclui o especialista.




















