
Enquanto a maior parte do país registra uma diminuição no número de moradores de zonas rurais, o Distrito Federal apresentou um crescimento de 40% em sua população rural entre 2012 e 2024. Os dados são do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar, elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) em parceria com o Dieese, que será lançado nesta sexta-feira (25).
O estudo revela que o DF teve a segunda maior expansão da população rural no período, atrás apenas de Roraima. Em contraste, o Brasil como um todo viu uma redução de 14% no número de habitantes de áreas rurais no mesmo intervalo. Atualmente, essa parcela representa 12% da população nacional, cerca de 26 milhões de pessoas. No Distrito Federal, os moradores rurais correspondem a aproximadamente 4% do total, somando cerca de 122 mil pessoas.
De acordo com Vânia Marques Pinto, presidente da Contag, o aumento se deve às chamadas fronteiras de expansão de povoamento. “Brasília se tornou a terceira maior cidade do Brasil, e a área rural é todo o ‘entorno’. O que observamos é o crescimento populacional nessas regiões, que são classificadas como zonas rurais”, explica.
No entanto, essa expansão não significa necessariamente um aumento no número de trabalhadores no campo, mesmo que as cidades do entorno do DF abriguem propriedades rurais dedicadas à agricultura familiar. Essas propriedades se destacam pela diversificação da produção e pelo uso de práticas sustentáveis. “Temos uma produção significativa de grãos, como feijão e milho, hortaliças, como alface, pimentão, tomate e batata, e frutas, como manga, laranja, limão e morango. Esses cultivos são essenciais para o abastecimento regional e exemplificam a importância da agricultura sustentável”, afirma Márcio Langer, diretor de política agrícola da Contag.




















