A proposta ainda prevê a criação da semana distrital do hip hop
Uma cultura presente nas periferias do Distrito Federal pode virar patrimônio cultural. O hip hop é o som que toca muitos jovens e que dá voz para a realidade vivida por eles. Dentro deste contexto, o deputado Max Maciel (PSOL) protocolou um projeto de lei (PL) que torna o hip hop em patrimônio cultural imaterial do DF, dando assim, visibilidade e reforça a relevância deste movimento.
Com mais de 30 anos de carreira, o rapper Japão, morador de Ceilândia, é um dos grandes nomes do rap do Distrito Federal. O artista acredita que o hip hop transcende a simples manifestação cultural. “O hip hop sempre foi uma linha direta de formação sociocultural. A cultura hip hop é bem mais que uma expressão meramente artística, substitui, em vários momentos, as ações sociais oferecidas pelo Estado”, acrescenta o rapper.
O hip hop também foi fundamental na formação do deputado Max Maciel e uma das bandeiras do parlamentar é, justamente, a valorização dessa manifestação cultural. “O hip hop tem que estar inserido como um dos processos culturais do território e dialogar com uma parcela da juventude. Eu fui formado nessa escola (o hip hop) e quero que ela seja reconhecida na nossa cidade”, explica Max Maciel
O projeto prevê a criação da semana distrital do hip hop, a promoção de ações de divulgação, formação, rodas de conversa, capacitação e realização de debates ligadas às modalidades artísticas características dessa cultura no Distrito Federal. As escolas de rede pública de ensino e as unidades de internação de menores infratores poderão realizar atividades sobre a cultura, tal como oficinas, debates e aulas temáticas