Omnicom adquire Interpublic e cria maior holding de publicidade do mundo

Imagem de freepik

A Omnicom Group anunciou, na última segunda-feira (9), a aquisição do Interpublic Group (IPG) em um acordo avaliado em US$ 13,25 bilhões em ações. A fusão une duas gigantes da comunicação, consolidando a maior holding de publicidade do mundo, com uma receita combinada de US$ 25,6 bilhões em 2023.

A transação deve redefinir o setor de publicidade e marketing global, buscando atender às demandas crescentes por inovação tecnológica, especialmente em inteligência artificial (IA) e big data, áreas que vêm pressionando as agências tradicionais.

Detalhes do acordo

Os acionistas do Interpublic receberão 0,344 ações da Omnicom para cada ação detida, o que equivale a US$ 35,58 com base no último fechamento da Omnicom, representando um prêmio de 21,6% sobre o valor de mercado do IPG na sexta-feira anterior. Após o anúncio, as ações do IPG subiram cerca de 11%, enquanto as da Omnicom recuaram 6%.

A nova empresa, que manterá o nome Omnicom, terá 60,6% de suas ações pertencentes aos acionistas atuais da Omnicom. O CEO da Omnicom, John Wren, continuará na liderança, enquanto Philippe Krakowsky, CEO do IPG, assumirá o papel de codiretor de operações (COO) ao lado de Daryl Simm. Krakowsky também será copresidente do Comitê de Integração responsável pela fusão.

Impactos no mercado de publicidade

Com a aquisição, a Omnicom amplia significativamente seu portfólio de marcas, que já incluía BBDO, TBWA e DDB. Agora, a holding passa a controlar também as redes McCann Worldgroup, FCB, Mediabrands e Weber Shandwick, entre outras. Essa movimentação busca fortalecer sua posição frente à concorrência com gigantes globais como a WPP, do Reino Unido, e o Publicis Groupe, da França, além de players tecnológicos como Google e Amazon.

A crescente adoção de ferramentas de IA para criação de anúncios e a busca por maior eficiência operacional pressionam as agências tradicionais a inovar. Segundo Wren, a fusão permitirá “assumir o controle do futuro” e impulsionar a inovação, criando ofertas integradas que combinam criatividade, tecnologia e dados.

Contexto e desafios regulatórios

A fusão entre Omnicom e Interpublic ocorre em um cenário de transformação acelerada do mercado publicitário, com as empresas tradicionais buscando se adaptar às mudanças impostas pela tecnologia e pelas big techs. Entretanto, o acordo pode enfrentar desafios regulatórios, dado o impacto que terá no setor de publicidade.

Em 2013, a Omnicom tentou se fundir com a Publicis, mas a transação foi cancelada devido a obstáculos regulatórios. Apesar disso, Wren demonstrou confiança de que a atual administração norte-americana terá uma postura mais favorável aos negócios.

O fechamento do acordo está previsto para o segundo semestre de 2025 e espera-se que ele gere economias de custos anuais de US$ 750 milhões, além de consolidar uma das maiores redes de comunicação do mundo.

Essa união marca uma nova era para o setor, fortalecendo a capacidade da Omnicom de competir em um mercado cada vez mais dominado por tecnologia e dados.

Open chat
Olá,
Agradecemos o seu contato! Como podemos te ajudar?