
No contexto do Dia dos Professores, especialistas destacam o potencial transformador da Inteligência Artificial (IA) no ambiente educacional, mas alertam para a necessidade de implementação responsável e mediada. O professor de física Felipe Guisoli, da escola online Universo Narrado, enfatiza que a tecnologia deve ser utilizada como complemento ao desenvolvimento do raciocínio crítico, não como substituta do processo de aprendizagem ativa.
Panorama nacional
O Brasil avança na incorporação da IA na educação básica. O Piauí tornou-se o primeiro território nas Américas a implementar a disciplina obrigatória de inteligência artificial, enquanto o Paraná firmou parceria com o Google para incorporar recursos educacionais digitais baseados em IA. Em âmbito federal, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028 prevê seis iniciativas na área educacional, incluindo sistemas de predição de abandono escolar e tutoria inteligente para matemática.
Aplicações pedagógicas
Segundo Guisoli, a IA pode personalizar o ensino, gerar exemplos sob demanda e oferecer abordagens alternativas para conceitos complexos. No entanto, ressalta que “o ideal é utilizá-la para testar hipóteses, gerar explicações alternativas e identificar lacunas no entendimento, não apenas para buscar respostas prontas”.
Desafios e recomendações
A implementação bem-sucedida exige formação docente adequada e estabelecimento de diretrizes éticas. “Professores devem incentivar os alunos a questionar as respostas geradas, validar resultados e compreender o raciocínio por trás de cada solução”, afirma o educador, que defende o equilíbrio entre o uso tecnológico e o desenvolvimento de intuições matemáticas sólidas através da prática manual.
A experiência de estados pioneiros e as iniciativas federais indicam que a IA veio para ficar na educação brasileira, cabendo às instituições de ensino e profissionais da educação garantir seu uso estratégico e crítico, sempre visando ao desenvolvimento integral dos estudantes.




















