Na briga de cores, o futebol dá lições interessantes

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Foto: Reprodução/X

Não, esse não será mais um texto encontrado em uma certa rede social intitulado: “o que eu aprendi sobre liderança…”. Afinal, o tom aqui pretende ser leve, divertido e reflexivo. Sim, o futebol nunca foi apenas um jogo, e isso é uma realidade desde que a primeira bola desfilou em um campo gramado ou de terra batida.

No último domingo (15), a cidade de Manchester recebeu o grande dérbi, City versus United, ou os azuis contra os vermelhos. O duelo que um dia foi do primo pobre contra o primo rico, ontem, se transformou em uma partida dos desesperados. 

Do lado azul, Pep Guardiola, aquele técnico que venceu tudo que tinha direito, e ainda pode ver um dos seus jogadores ser eleito o Bola de Ouro (certo ou errado, Rodri agora tem uma peça única em sua decoração). Contudo, a mágica do espanhol parece ter acabado. Teria sido as contusões? Teria sido…? As razões ainda não são claras, mas Guardiola, de alguma forma, perdeu a mão e o City acumula três derrotas nas últimas três partidas da Premier League.

Mas o que isso pode significar no mundo fora do futebol? O site da BBC trouxe uma avaliação feita pelo psicólogo Dr John Maythers. O especialista percebeu que após a partida, Phil Foden, uma das estrelas dos Citizens, aparentava ter alguma “questão mental”. 

Maythers sinaliza que a ansiedade é um fator que atrapalha o foco de qualquer atleta. Esse é um ponto que vale atenção, para líderes de empresas ou de famílias: tenham atenção com relação ao nível de ansiedade das pessoas ao redor, afinal, se estiver elevada, a derrota pode ser quase inevitável. 

Guardiola disse que está tendo dificuldades para comer e dormir e não conseguiu encontrar uma solução para os problemas do City. Imagine, ter um dos elencos mais estelares do mundo do futebol, como o Haaland, e não conseguir imaginar uma solução. Assim, é impossível não fazer um link com o mundo real, nem sempre ter os melhores profissionais em um ambiente é igual a ter os melhores resultados. Fatores extra campo e a inabilidade em lidar com as intempéries ao longo da jornada podem tirar o barco do rumo correto e como voltar?

No vizinho, United, quando os resultados sumiram, a direção tomou uma decisão – famosa em terras brasileiras: a demissão do técnico. O novo manager ainda não conseguiu implantar a mudança de mentalidade totalmente, contudo, em poucos jogos, a postura dos jogadores mudou. E aqueles que não se adequarem às mudanças, o fim do contrato passa a ser um caminho.

Atento ao comportamento dos jogadores em campo, fora, como comem, como interagem, Ruben Amorim, novo técnico do United, deixou de fora dois atacantes do dérbi de domingo. Pela primeira vez, Marcus Rashford não jogou um clássico e o jovem Alejandro Garnacho, que foi citado em um possível vazamento de escalações, também.

Começa o jogo 

Início de jogo, uma partida travada e em casa, o City aproveitou uma falha recorrente do adversário e abriu o placar. E o jogo se encaminhava para uma vitória, que poderia ajudar a  levantar o ânimo dos Citizens, mas sabe aquela máxima: o jogo só acaba quando termina? Pois é. 

Um certo jovem – que parece querer mostrar serviço para o novo treinador – não desistiu de uma jogada e sofreu falta na área. Pênalti marcado. Jogo empatado. Amad Diallo se tornaria o nome da partida com um golaço. Certamente, incentivado pelo treinador, ele, após receber um belo lançamento, superou o goleiro adversário e marcou.

Fim de partida, e Manchester se “pintou” de vermelho, como manda a tradição no pós-clássico. 

E o que ficou de lição ou reflexão?

Bruno Fernandes em comemoração de mais um gol. Foto: Reprodução/X
  • A reação de Bruno Fernandes para os fãs rivais nos ensina a, talvez, fazer o mesmo quando somos vaiados pela vida;
  • Ter um dos melhores elencos do mundo não é igual a vencer sempre;
  • A ansiedade é um grande rival em qualquer cenário e pode minar a resposta e o desempenho de pessoas e profissionais. Cuide da sua saúde mental e de quem está por perto de você;
  • Mudanças são fundamentais, mas crie compromissos com as pessoas, seja justo e tenha clareza com relação às metas e às expectativas (ninguém tem bola de cristal e isso vale para qualquer relacionamento);
  • Ter técnica é importante, mas se a pessoa chave tem incentivo para brilhar e se sente motivada para tal, ela vai acabar brilhando. E novamente, isso vale para qualquer relacionamento, valorize quem está ao seu redor e veja a mágica acontecendo.

 

 

 

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