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Brasil a uma medalha da melhor marca em Paralimpíadas

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Ouro para Fernando Rufino na VL2 200m da Canoagem Velocidade. Foto: Miriam Jeske/CPB.

O time Brasil já passou a melhor marca em medalhas de ouro e está a uma do recorde em Paralimpíadas, conquistado na edição na Rio 2016

Apenas uma medalha separa o time Brasil de igualar a marca de medalhas da melhor campanha em Jogos Paralímpicos. No Rio em 2016, a missão brasileira conquistou 72 medalhas. Por outro lado, os atletas brasileiros já bateram o recorde de medalhas de ouro, até agora são 22. Em Londres 2012, a delegação voltou para casa com 21 medalhas douradas.

No penúltimo dia de competições no Japão, o Brasil foi ouro mais uma vez com o futebol de 5 e com o canoísta Fernando Rufino, ele venceu na prova dos 200m classe VL2. A delegação ainda foi para o pódio mais oito vezes. 

“Este ouro eu dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram. Eu dedico a todos que perderam pessoas queridas, eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo”, disse Fernando Rufino na zona mista.

O país foi prata com Thomaz Ruan, nos 400 metros (classe T47), Thalita Simplício, nos 200 metros (classe T11), Débora Bezerra no parataekwondo (classe K44 acima de 58kg), e Giovane Vieira, nos 200 metros (classe VL3) da canoagem. 

E ainda teve as medalhas de bronze de Petrúcio Ferreira, nos 400 metros (T47), Jerusa dos Santos, nos 200 metros rasos (classe T11), do vôlei sentado feminino e de Ricardo Gomes de Mendonça nos 200 metros rasos (classe T37).

Para o úlitmo dia de competições em Tóquio, o Brasil deposita a sua torcida em Yeltsin Jacques na disputa da maratona. O atleta de Campo Grande já levou duas medalhas de ouro no atletismo, nos 5.000 metros e nos 1.500 metros.

Thiago Paulino

Favorito no arremesso de peso, classe F57, Thiago Paulino, atleta do Time Ajinomoto, chegou a cravar a marca de 15,10 metros na sexta-feira, o que garantiria mais um ouro para o Brasil. Infelizmente, a marca foi invalidada pela organização dos jogos. Com a decisão, Paulino perdeu a medalha de ouro, mas voltará para casa com a medalha de bronze, com a marca validade de 14,77 metros.

O atleta desabafou nas redes sociais, “como nada em minha vida nunca foi fácil, mais uma vez levei um golpe e muito forte. Não encontramos irregularidades em meus arremessos, mas de alguma forma a organização encontrou. Por isso a medalha de ouro, que considero ser nossa, do Brasil, por direito, não está em nossas mãos”.

A mudança do resultado aconteceu após a reclamação do Comitê Paralímpico da China. Houve um protesto durante a prova que não foi acatado pela arbitragem. Então, os chineses foram até o foi ao júri de apelação, uma instância do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).  E então, o brasileiro teve a marca considerada irregular. 

Segundo os chineses, o brasileiro teria se levantado da cadeira para realizar o arremesso de ouro, mas especificamente, o segundo e o terceiro arremessos. Com a marca, Paulino abriu mão de realizar o sexto e último arremesso, pois a arbitragem validou os anteriores. 

O Brasil apresentou a defesa do atleta, mas o júri disse ter um outro ângulo do acontecido, mas não mostrou a imagem. 

Com a punição, o chinês Guoshan Wu ficou com o ouro (15 metros), o brasileiro Marco Aurélio Borges foi prata (14,85 metros) e Thiago Paulino fechou o pódio com 14,77 metros.

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