Giorgia Meloni: a nova premiê da Itália

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Foto: Reprodução/Twitter @GiorgiaMeloni

O partido Irmãos da Itália, da extrema direita, conquistou as eleições legislativas neste domingo (25) no país. Como a Itália segue o regime do parlamentarismo, Giorgia Meloni, líder do partido, assumirá o cargo de primeira-ministra.

Para a professora de relações internacionais da ESPM, Carolina Pavese, a ascensão da extrema direita não se restringe somente a Itália, lembrando outros nomes como Marine Le Pen, líder da extrema direita francesa, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, líder nacionalista e há 12 anos no cargo. “Especificamente na Itália, a extrema direita vem avançando quando a principal formação de centro esquerda não consegue atender a população nas pautas principalmente econômicas”, diz Pavese. “Há décadas o país passa por crise econômica, com grande taxa de desemprego, que se acentuou com a pandemia e mais recentemente com a guerra da Ucrânia.”

Meloni promete cortar impostos e bloquear imigrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo. “É um discurso populista e conter o fluxo migratório com políticas mais rígidas não resolve a origem do problema. O porquê dessas pessoas saírem de seus países”, diz Pavese.

Sobre Meloni ser a primeira mulher a governar a Itália, a professora vê um paradoxo. “Por um lado, pode-se considerar uma conquista uma mulher à frente de uma país patriarcal e machista, mas Meloni demonstra em seu discurso – cujo lema é “Deus, Família, Pátria” – seguir pautas bem conservadoras.”

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