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Autoridades mundiais defendem tratado internacional sobre pandemias

Tratado
Créditos: Peter Ilicciev/Fundação Oswaldo Cruz

Conselho Mundial e OMS declaram em entrevista conjunta a importância dos países aprenderem com a pandemia da Covid-19

Com as inúmeras transformações ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou que as nações considerassem elaborar um Tratado Internacional sobre Pandemias para prevenir futuros colapsos. Hoje (30), o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defenderam que o acordo seria um “legado” que os principais líderes mundiais deveriam assumir, após a experiência da covid-19.

Por meio de uma entrevista virtual conjunta, transmitida de Bruxelas e Genebra, Michel e Ghebreyesus declararam que “a próxima pandemia não é uma questão de ‘se’, mas ‘quando'” e disseram que seria necessário aprender com as lições que a covid-19 proporcionou, tendo em vista que a endemia “expôs fraquezas e divisões”, pontuaram.

Antes da entrevista, as duas autoridades publicaram um texto, nos principais órgãos de comunicação internacionais, que prioriza a concepção do tratado e de “uma arquitetura sanitária internacional mais robusta”. O documento foi assinado por Charles e Tedros e 25 chefes de países.

“O tempo de agir é agora. O mundo não pode esperar pelo fim desta pandemia para começar a preparar-se para a próxima. Não podemos permitir que as recordações desta pandemia se esvaneçam e voltemos à vida como antes. Não podemos fazer as coisas como fazíamos antes e esperar um resultado diferente”, afirmou o diretor-geral da OMS, que pediu uma “ação robusta”.

Princípios de saúde democráticos

Ghebreyesus comentou que o tratado poderia se inspirado na constituição da OMS, que preserva princípios de saúde para todos. Segundo o presidente do Conselho Europeu, a ideia fundamental é garantir, por meio do tratado, “uma abordagem global, para melhor prever, prevenir e responder a pandemias”, especialmente com o reforço das capacidades globais e assegurando um acesso justo e universal a vacinas, medicamento e testes.

“O que desejamos é que esse debate que se seguirá sobre o tratado internacional seja um projeto comum. E esperamos que o conjunto dos países se envolva nas discussões”, afirmou Charles Michel, assegurando que, pelos contatos bilaterais que tem mantido, está seguro de que mais países, além daqueles que já subscreveram o texto, deverão associar-se à iniciativa.

“É nossa responsabilidade, como líderes, garantir que a preparação para a pandemia e os sistemas de saúde estão prontos para o século 21. Deixemos um legado do qual todos possamos orgulhar-nos”, disse.

*Com informações da Agência Brasil.

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