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A seca chegou. É tempo de prevenir incêndios

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Incêndio no Cerrado. Fotos: Arquivo Agência Brasília

Confira alguns cuidados necessários para coibir as queimadas florestais

A chegada do período de estiagem requer uma série de cuidados com a saúde e também com meio ambiente, pois a possibilidade de incêndios florestais neste período é maior por conta das condições climáticas.

Desta forma, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) intensifica ações preventivas. Cerca de cinquenta militares estarão destacados diariamente para esta função.

A Operação Verde Vivo é executada em quatro fases. A primeira delas ocorre entre abril e maio. Nesta etapa a corporação juntamente de representantes da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) focam na conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais – onde habitualmente há os maiores focos de incêndios.

É também o período em que bombeiros são capacitados para atuar no combate a incêndios no Cerrado. Nesta sexta-feira (5), ocorre a última fase da capacitação que está sendo realizada pelo Grupamento Especializado em Proteção Ambiental (Gepram).

Os moradores dessas regiões recebem orientações básicas para evitar as ocorrências e também a confeccionar abafadores. Em caso de uma situação real, mas de pequena proporção e sem risco, o próprio morador poderá utilizar o material antes da chegada das viatura de primeiros socorros.

A terceira fase – que compreende os meses de agosto a outubro – é a mais crítica, pois compreende o período de estiagem, em que as queimadas tendem a aumentar.   A partir deste estágio, as unidades do Corpo de Bombeiros aumentam a mobilização para o atendimento a casos de incêndios florestais. Neste período o número de militares passa para 75 por dia e as bases de atendimentos exclusivos passam a contar com os grupamentos localizados no Núcleo Bandeirante, Gama, São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia.

De acordo com o comandante do Gepram, o tenente-coronel José Genilson, o número de militares pode aumentar, a depender da necessidade. “De acordo com cenário, podemos aumentar a quantidade de militares para esta ação em específico. Eles ficam nos quartéis preparados para atuação em focos de incêndios ambientais”.

Em novembro, com o início das chuvas, ocorre a desmobilização gradual das equipes destacadas exclusivamente para as queimadas. Neste ano, foram registradas 52 ocorrências de incêndios florestais de janeiros a maio. No ano passado o total chegou a 320 no mesmo período.

Como forma de prevenir os incêndios florestais, a corporação realiza uma série de atividades por meio da Operação Verde Vivo, colocada em prática anualmente. Porém, a participação da população ainda é a primordial no combate às queimadas.

“Alguns comportamentos ainda permanecem, como fogueiras mal condicionadas ou limpeza de terreno com uso de fogo. Mas percebo uma maior conscientização da população neste sentido”, relatou o tenente-coronel Genilson.

Alguns cuidados necessários para coibir incêndios florestais:

– Não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores;

– Após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado;

–  Ao identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo e da fumaça. Ligar para o 193 e indicar o local exato do incêndio, se possível, com pontos de referência.

Prevenção

As ações de prevenção aos incêndios florestais começaram ainda no primeiro semestre. Em abril, o governador Ibaneis Rocha publicou o decreto declarando o estado de Emergência Ambiental no DF, uma medida fundamental para a mobilização de pessoal e uso de equipamentos do governo no combate a incêndios.

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema), por outro lado, como vem fazendo anualmente, está à frente desse trabalho, por meio da coordenação do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), realizado em parceria com 17 instituições e órgãos do DF, que inclui o CBMDF.

Um dos principais objetivos do PPCIF é a redução do tamanho da área queimada no DF. Até o dia 31 de maio, a área queimada totalizava 58 hectares, número bastante inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 180 hectares.

Para o secretário de Meio Ambiente, José Sarney Filho, esses resultados reforçam a importância da realização das ações cada vez mais cedo e, ao mesmo tempo, em conjunto com os diversos órgãos.

“Com a chegada do período de seca, a nossa preocupação é com as queimadas, que se transformam em incêndios, matando animais e extinguindo plantas importantes para a rica biodiversidade do cerrado. A decretação de Emergência Ambiental fez com que os órgãos públicos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais adotassem todas as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos das queimadas”, analisa o secretário.

O Instituto Brasília Ambiental lançou o programa Observadores de Fumaça no final de maio. O objetivo é envolver a comunidade vizinha aos parques para que, ao ver princípio de fogo ou mesmo alguém ateando seja alertado, de imediato, o diretor de prevenção e combate aos incêndios florestais do Brasília Ambiental e o Corpo de Bombeiros Militar pelo 193.

Para ser um Observador de Fumaça basta o voluntário preencher o formulário disponível no link: clique aqui. O canal para tirar dúvidas sobre o projeto é pelo correio eletrônico ibram.educ@gmail.com.

Após a formação do cadastro, haverá capacitação para que a comunidade saiba identificar os focos de incêndios e como informar sobre eles, contribuindo na missão de preservar a biodiversidade do Cerrado.

O Ibram também lançou o Almanaque do Fogo. A publicação mostra a importância da prevenção e os perigos do fogo, além de dar suporte às ações de educação ambiental.

O material pode ser conferido neste link: Clique aqui.

 

* Com informações da Secretaria de Segurança Pública

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