A corrida pelo Planalto ainda está aberta com o segundo turno, previsto para acontecer no dia 30 de outubro
As pesquisas eleitorais indicavam a possibilidade da disputa pela presidência terminar no primeiro turno. No entanto, não foi o que aconteceu. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão para o segundo turno e só no dia 30 de outubro, o país conhecerá quem estará no Palácio do Planalto em janeiro de 2023. A diferença entre os dois candidatos foi de 6,1 milhões de votos.
A taxa de abstenção seguiu a tendência de eleições anteriores e ficou por volta de 20%. Segundo os dados do TSE atualizados nesta segunda-feira, 10h31, o número de votos válidos foi de 118.227.018 milhões, e Lula teve 57.258.115 (48,43%) e Bolsonaro 51.071.277 (43,20%) dos votos, respectivamente.
Durante a coletiva após a votação, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes, comentou que houve uma redução no número de votos brancos e nulos em comparação a 2014. Nós tivemos metade dos votos em branco e nulos, por exemplo, das eleições de 2018”, comemorou. Segundo o presidente do TSE, este ano, foram registrados 4,20% de votos em branco e nulos, ao passo em que, em 2018, esse índice chegou a atingir 8,8%. “Ou seja, aproximadamente 7,5 milhões de pessoas a mais que compareceram para votar em candidatos”, estimou Alexandre de Moraes.
A polarização política pode ter incentivado o aumento da engajamento no eleitorado brasileiro como considerou o presidente do TSE. “É um dado interessantíssimo, porque representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país”.
Terceira via?
Ciro Gomes, do PDT, amargou o pior resultado da carreira política, o candidato ficou em quarto lugar na corrida presidencial e teve apenas 3,04% dos votos válidos, ou seja, 3.599.201 milhões brasileiros escolheram o político. O partido discute uma possível neutralidade para o segundo turno.
Já a estreante na corrida pela presidência, a senadora Simone Tebet (MDB) ficou em terceiro com 4.915.306 milhões de votos. Após o resultado do domingo, ela afirmou: “eu tenho lado, e vou me pronunciar no momento certo”. A senadora ainda pediu pressa para que PSDB, Cidadania e Podemos se posicionem com relação ao segundo turno.