Taxa mensal será limitada a 8%. Por outro lado, a mesma medida autoriza que bancos cobrem tarifas para a liberação do crédito.
As alterções foram definidas em novembro do ano passado e implantadas desde o último dia 6. Por enquanto, os bancos só podem cobrar as tarifas para novos contratos, e o limite de juros para quem já é correntista começa a valer no dia 1º de junho. A medida promete aliviar os bolsos dos brasileiros, especialmente da população co menor renda, já que a modalidade de crédito via cheque especial é uma das mais caras do país.
De acordo com o Banco Central, a cobrança da taxa ajuda a reduzir o custo do cheque especial. A linha de raciocínio da equipe que desenvolveu tal medida, aposta que desestimular os correntistas a terem limites altos, reduzirá o custo para os bancos e por consequência, os juros da modalidade. Os dados divulgados para embasar a mudança aponta que os bancos disponibilizaram em torno de R$ 350 bilhões de limite aos clientes, dos quais foram utilizados apenas R$ 26 bilhões a uma taxa média de 300% ao ano ( cerca de 12% ao mês). Desta forma, os R$ 324 bilhões restantes não resultaram em juros para as instituições financeiras, deixando o produto mais caro.
O tempo apontará se tal medida reduzirá ainda mais o poder de compra da população mais pobre, uma vez que a modalidade é a mais utilizada acesso de crédito num momento de necessidade. Por enquanto, a Caixa, o Bradesco e o Banco do Brasil não cobrarão a taxa, já o Santander informou que cobrará sobre os novos contratos, uma tarifa mensal de 0,25% do valor do limite de crédito que exceder R$ 500,00. Como a cobrança é facultativa, é importante que o consumidor pesquise antes de abrir uma nova conta e até analise se não vale à pena mudar de banco.