Viver em momento histórico pode ser exaustivo. A pandemia trouxe tantas incertezas que a sensação diária é estar no meio de um furacão. Como consequência, é esperado que as pessoas se sintam mais cansadas e desgastadas. Por isso, este é o momento para colocar em prática ações simples e confiáveis para manter a produtividade.
Este é o conselho da especialista em produtividade Tathiane Deândhela, autora dos livros Faça o tempo trabalhar para você e Faça o tempo enriquecer você. Ela propõe a utilização da técnica dos 5 Cs.
“Eu chamo de 5 Cs as cinco qualidades humanas únicas que, juntas, compõem não apenas o melhor conjunto de ferramentas para enfrentar a incerteza, mas também o arsenal necessário para superar tempos difíceis e prosperar: comunicação, cooperação, compromisso, criatividade e compaixão”, explica Tathiane.
O primeiro passo segundo a especialista, é deixar de lado o cérebro sabotador, afinal, ele traz muitas ideias negativas e cria barreiras que não são bem-vindas em nenhum momento.
“Eu sugiro começar pelos três primeiros que são fundamentais: comunicação, cooperação e compromisso, pois eles permitem que o profissional desacelere, tenha uma pausa para processar o que realmente está acontecendo e compartilhe a responsabilidade da liderança e da tomada de decisões, permitindo que toda a equipe de colaboradores veja os objetivos com mais clareza”, diz a especialista.
A autora reafirma a importância de compartilhar, pois a ação fortalece as relações, favorece a socialização, melhora a comunicação e estimula as competência. Assim, o ambiente de trabalho, presencial ou digital, se tornará mais leve e motivador. “Mais do que apenas esclarecimentos e cooperação, acredito que compartilhar a responsabilidade também é o melhor caminho a seguir, porque muitas vezes exige uma solução combinada, ou seja, compromisso de todos”.

A adoção da técnica dos 5 Cs pode ser uma estratégia vencedora, mas não apenas em tempos difíceis como os atuais. Os três primeiros (comunicação, cooperação, compromisso) auxiliam empresas a ter uma cultura organizacional mais maleável e assim, os times estarão mais preparados para enfrentar qualquer situação. “Após a aderência dos três Cs iniciais, o próximo C é o da criatividade, pois em tempos incertos as pessoas descobrem como inovar melhor e criar novas fontes de valor, reinventando e respondendo as mudanças de forma criativa e incorporando essa cultura como uma norma e não apenas como uma solução rápida e momentânea”, afirma.
O último C, a compaixão, precisa de uma atenção especial. Afinal, empresas são compostas por pessoas, que enfrentam seus próprios desafios e muitas vezes, podem ter queda de produtividade. “A verdadeira criatividade vem da diversidade das pessoas que têm uma gama de pensamentos e experiências únicas. A compaixão chega para permitir que a comunicação, a cooperação e o compromisso sejam mais fortes, e que a energia dos 5 Cs estejam interconectadas. A liderança nestes tempos é entender esse processo e criar um ambiente para explorar essa fonte de energia. Uma coisa é certa: as coisas boas esperam do outro lado”, finaliza Tathiane Deândhela.