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Brasil lança em Belém o primeiro barco-escola a hidrogênio do mundo e lidera a transição logística verde

Foto: Revista Náutica

No domingo (8) durante a COP 30, o Brasil registrou o seu nome na história da descarbonização marítima global ao trazer uma solução real e educativa. O lançamento oficial do JAQ HIDROGÊNIO foi marcado pela apresentação do primeiro barco-escola do mundo movido a hidrogênio. O evento, realizado na Estação das Docas, em Belém, contou com a presença do Ministro do Turismo, Celso Sabino, e mobilizou lideranças e empresários, validando a sinergia entre pesquisa, educação e o mercado de energia limpa. O projeto é idealizado pelo presidente do grupo Náutica, Ernani Paciornik, em parceria com empresas de peso como a GWM, o Itaipu Parquetec, a Heineken e a Artefacto.

O Ministro do Turismo, Celso Sabino, prontamente reconheceu a visão estratégica por trás da iniciativa. Em sua fala, destacou o apoio do Governo na trajetória do projeto JAQ e a sua grandiosidade, que alia educação ambiental e energia limpa. Ele declarou que o projeto foi desenvolvido graças à visão de Ernani Paciornik e está preparado para operar com energia verde, representando o turismo sustentável desejado para o futuro, endossando a relevância do JAQ para a agenda federal de desenvolvimento sustentável.

O projeto JAQ é o legado materializado de Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e figura central na náutica latino-americana. Em seu discurso, ele resumiu a missão do projeto, afirmando que ao longo de sua jornada a água o ensinou que somos apenas visitantes e que nossa pegada deve ser saudável, educativa, leve e limpa. Ele explicou que o evento marcava a apresentação da primeira escola flutuante do mundo movida a hidrogênio, que ensina, transforma e informa, e que dá início ao JAQ HIDROGÊNIO. Paciornik enfatizou que um projeto desta magnitude nunca é o trabalho de um homem só, exigindo a crença e a coragem de profissionais, de empresas e o endosso do Governo. Ele concluiu lançando o início de um legado que culminará com uma série de ações educativas por portos e biomas de todo o Brasil, assegurando que a paixão pelas águas e o dever pela preservação e educação podem e devem navegar juntos.

Representando os parceiros, Tiago Sugahara, gerente de ESG do Grupo GWG, detalhou a contribuição do conglomerado em descarbonização. Ele afirmou que 2025 é um momento muito especial para a GWG, com o lançamento da primeira fábrica nas Américas com meta de produzir 50 mil carros por ano. Além de trabalhar com a eletrificação nos automóveis, por meio da divisão GWG Hydrogen, a empresa começou a transferir tecnologia para auxiliar na descarbonização na área logística, em estudos e pesquisas de novos projetos, materializando isso para a área marítima com o JAQ H1. Tiago destacou que a GWG trabalha há mais de um ano, em parceria com a Itaipu Parquetec e o Grupo Náutica, para viabilizar a tecnologia, demonstrando como o capital privado e o conhecimento técnico estão sendo direcionados para soluções de impacto ambiental.

O evento foi prestigiado por autoridades que reforçaram o apoio e reconheceram o projeto como uma inovação vital para a região. Entre elas estavam a Secretária de Turismo de Belém, Cilene Sabino, o Secretário de Infraestrutura do Estado do Pará, Adler Silveira, o Capitão de Mar e Guerra do Pará, Alexandre Pimental, e autoridades de Pernambuco, como o prefeito de Recife, João Campos, local onde o barco passou por fases de adaptação e testes.

O barco-escola, com seu auditório para 40 pessoas, ficará exposto em Belém até o final da COP30. Em janeiro de 2026, iniciará uma jornada pelos portos das capitais brasileiras, com o objetivo de reunir escolas e promover atividades de conscientização e pesquisa. Posteriormente, haverá uma exposição no Rio Boat Show, em abril, e a embarcação seguirá em turnê. O ponto culminante será em 2027, com a finalização do JAQ H2, uma outra embarcação ainda maior, de 50 metros, esta 100% movida a hidrogênio, que vai gerar a sua própria energia a partir da água e solidificará o Brasil como um player chave na economia verde dos transportes fluviais e marítimos.

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