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Anvisa autoriza uso definitivo da Vacina de Oxford e aprova medicamento contra a Covid-19

medicamento
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A luta contra o coronavírus no Brasil recebeu dois reforços importantes nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (15), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso definitivo da vacina Oxford/Astrazeneca, que no país tem a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A outra novidade foi a aprovação do uso do antiviral rendesivir para pacientes hospitalizados com a Covid-19, assim, o medicamento se torna o primeiro e único remédio aprovado contra a doença no país.

Vacina de Oxford/Astrazenenca/Fiocruz

Depois da Pfizer, o país agora tem mais uma vacina com o registro definitivo. A Anvisa concedeu dois registros diferentes: um em nome da AstraZeneva e outro da Fiocruz. Dessa foram, as empresas poderão adotar estratégias diferentes para a distribuição e comercialização do produto.

O imunizante ficou conhecido no país como a Vacina de Oxford, mas está registrado na agência como “Vacina Covid19 Recombinante Fiocruz” e “Vacina Covid19 Recombinante, no caso da Astrazeneca”.

“Apenas seis meses após a assinatura do Contrato de Encomenda Tecnológica, já iniciamos a produção de uma vacina contra a Covid-19, baseada em uma das tecnologias mais avançadas no momento, e obtivemos o seu registro para ampla distribuição no país. A urgência que a gravidade dessa pandemia nos impõe fez com que todos os envolvidos trabalhassem incansavelmente e pudessem realizar em meses um processo que, normalmente, dura anos. Isso também não seria possível sem todo o apoio técnico da Anvisa em cada etapa do processo de submissão contínua. Trata-se de um dia histórico para a Fiocruz e para o Sistema Único de Saúde”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Na próxima semana, a Fiocruz espera entregar o primeiro milhão de vacinas produzidas no país.

Medicamento contra a covid-19

De acordo com a farmacêutica Gilead Sciense, produtora do rendesivir, o medicamento é capaz de reduzir a mortalidade pela covid-19, além de diminuir a necessidade de ventilação mecânica e do tempo de internação entre cinco e sete dias. A terapia pode ser uma aliada importante para desafogar a lotação das UTIs e ainda reduzir os custos para o país.

“Este é um importante acontecimento, pois acreditamos que muitas vidas poderão ser salvas frente aos benefícios que o rendesivir pode gerar num momento de pico da pandemia, desafogando o sistema de saúde e dando oportunidade para mais pacientes serem tratados adequadamente”, declara Dra. Rita Manzano Sarti, diretora médica sênior da Gilead Brasil.

O diretor geral da Gilead Brasil, Christian Schneider, comentou a aprovação da agência brasileira, “há exatos 12 meses e um dia a OMS declarou a pandemia pela COVID-19. A aprovação da Anvisa acontece em um dos momentos mais críticos da epidemia no Brasil e estamos empenhando nossos melhores esforços para disponibilizar o produto o mais rápido possível”.

Com relação aos benefícios do medicamente, o diretor médico associado da farmacêutica no país, Dr. Eric Bassetti, explica que  “No grupo de pacientes que receberam o antiviral rendesivir, menos pacientes evoluíram para necessidade de oxigênio suplementar ou níveis mais elevados de suporte respiratório, como ventilação mecânica. Sabemos que, para pacientes em ventilação mecânica, as chances de sobrevivência são menores. Ao reduzir a progressão da doença, o rendesivir pode impedir que os pacientes entrem neste estágio crítico da doença”, concluiu.

 

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