Vela brasileira conquista cinco medalhas nos Jogos Sul-Americanos

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Equipe Brasileira celebra o resultado na competição. Foto: @cbvelaoficial

A equipe brasileira fechou competição de vela no Paraguai com uma prata e quatro bronzes 

A Equipe Brasileira de Vela concluiu na última semana a sua participação nos Jogos Sul-Americanos 2022. Os velejadores nacionais conquistaram cinco medalhas nas regatas disputadas em Encarnación, no Paraguai, sendo uma de prata e quatro de bronze.

O time viajou ao Paraguai com oito atletas em sete classes. As regatas foram realizadas no Rio Paraná em cinco dias. Os ventos tiveram muita oscilação, chegando a resultar em adiamento de provas em algumas datas.

A CBVela (Confederação Brasileira de Vela) celebrou o desempenho da equipe no Paraguai, principalmente pelo fato de levar um grupo jovem, de 16 a 25 anos, que ganhou experiência em um evento internacional.

”Essa foi a proposta da CBVela para os Jogos. Foi muito bom o resultado do nosso time, podemos e buscaremos sempre mais, mas em resumo o saldo foi positivo. Muito boa a participação também dos nossos técnicos Bruno Prada e Maria Hackerott, que deram todo apoio aos velejadores”, contou Walter Boddener, chefe de equipe.

As cinco medalhas da vela

A paulista Giovanna Prada conseguiu o segundo lugar na IQFoil após um dia perfeito nesta quinta-feira (6) vencendo todas as três regatas do dia. A filha do medalhista olímpico Bruno Prada chegou perto do ouro, que ficou com a peruana Maria Belen German. O bronze ficou com a argentina Chiara Ferretti.

”Semana de ventos difíceis! Tive muita dificuldade nos ventos mais fracos e com a correnteza intensa. Hoje, tivemos o único dia de ventos fortes com ondas. Consegui ganhar as três provas do dia e faturar a prata”.

”Saio daqui com moral para o Mundial que começa daqui a dez dias. Bora para a próxima!”, celebrou Giovanna Prada, que embarca na próxima semana para Brest, na França, para o Mundial de IQFoil.

Bruno Prada, medalhista olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012, aprovou o desempenho da pupila e de todos os representantes nos Jogos Sul-Americanos. “Nosso time praticamente todo sub-23 teve que encarar os outros países, que vieram com a equipe principal, e se saiu muito bem! Parabéns a todo o time Brasil da vela!”, afirmou Bruno Prada.

Na versão masculina da prancha IQFoil, o gaúcho Guilherme Plentz fechou os Jogos Sul-Americanos em terceiro lugar. Mesmo vencendo a última regata, o atleta não conseguiu superar o argentino Francisco Birkner e o arubano Malik Hoveling, ouro e prata respectivamente.

O gaúcho Felipe Fraquelli ficou com o bronze na ILCA 7, enquanto a conterrânea Isadora Dal Ri obteve a mesma medalha na ILCA 6. Ao todo foram oito regatas para as duas categorias. Os dois sempre estiveram próximos à zona do pódio. ”Foi uma grande equipe, onde todo mundo se ajudou muito e vibrou com cada conquista. Isso foi muito importante!”, comentou Isadora Dal Ri.

Gabriela Kidd também subiu ao pódio no Paraguai. A carioca se recuperou nas provas do dia e ganhou posição até alcançar a medalha de bronze na Sunfish. No último dia, a velejadora tirou um terceiro lugar e a adversária chilena teve problemas e não completou o percurso. Com isso, Gabriela Kidd subiu para a zona de medalha.

”Foi uma experiência bem diferente e bem desafiadora velejar de Sunfish, ainda mais com vento fraco. Fico muito satisfeita com o bronze. O apoio do COB foi excepcional nessa competição, com uma equipe multidisciplinar nos ajudando”, contou Gabriella Kidd, que embarca na próxima semana para o Mundial da classe em Kemah, no Texas. Já o gaúcho Erick Carpes fechou o evento sul-americano em sexto na Sunfish.

Na classe Snipe mista, José Irineu e Giovana Simas terminaram em quarto lugar. Os dois ainda tinham chances de pódio no dia final, mas ficaram atrás na tabela.

“Foi um ótimo para a jovem equipe brasileira, que foi ao Paraguai com atletas de 16 a 25 anos. Parte desse grupo nos Jogos Sul-Americanos integrou os treinamentos do Núcleo de Base para a modalidade vela, programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela com a Secretaria Especial do Esporte e a Secretaria de Especial do Alto Rendimento – SNEAR do Ministério da Cidadania”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebeu adolescentes entre 13 e 17 anos durante o ano para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O projeto, que entrou em vigor em dezembro de 2021, pretende que os jovens atletas se aperfeiçoem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

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