
A peça fica em cartaz até domingo, 10 de agosto, com sessões gratuitas no CCBB Brasília e classificação livre
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebe o espetáculo infantojuvenil Fábrica de Nuvem até o próximo domingo, 10 de agosto. O projeto vem encantando os brasilienses de todas as idades ao unir arte circense, teatro físico, bonecos e palhaçaria para tratar, com delicadeza e poesia, sobre as mudanças climáticas.
Vencedor do 8º Prêmio CBTIJ de Teatro para Crianças e Jovens do Rio de Janeiro na categoria Melhor Espetáculo, além de outras três premiações técnicas e artísticas, o trabalho assinado por João Ferreira mescla elementos do teatro físico, da palhaçaria, do circo e da manipulação de bonecos para construir uma narrativa encantadora e ao mesmo tempo crítica sobre os desafios ambientais da atualidade.
A peça conta a história de uma mulher que vive em uma fábrica de nuvens no alto da floresta. Ela é responsável por manter a regularidade das chuvas, tarefa que desempenha enquanto também cuida da casa, da filha e de si mesma. Mas a rotina se desestabiliza quando resíduos, como um saco plástico, interferem na engrenagem da fábrica. A metáfora lúdica logo se transforma em um alerta sobre os impactos do lixo e nossas escolhas cotidianas.
Flávia Costa dá vida à protagonista em uma performance cativante, utilizando um grande aparelho cenográfico que representa simultaneamente sua casa, a fábrica de nuvem e o caos interior da personagem. Completam o elenco os artistas Julio Manhães e Alarisse Mattar, que também atuam em cena manipulando objetos e personagens da cultura popular brasileira.
A montagem, com entrada 100% gratuita, acontece no espaço conhecido como Quadradinho do CCBB, de quarta a sábado às 16h e aos domingos às 15h. Com apenas 50 minutos de duração e classificação livre, é um programa perfeito para todas as idades, especialmente para quem quer levar as crianças a um espetáculo sensível, educativo e esteticamente primoroso.
Além da experiência artística, o espetáculo também propõe reflexões sociais importantes. “O Brasil é imenso e, muitas vezes, achamos que estamos distantes dos problemas que ameaçam a Amazônia e outras áreas sensíveis. Mas o espetáculo nos convida a entender que tudo está conectado. Pequenas atitudes geram grandes impactos”, explica o diretor João Ferreira.
Para facilitar o acesso do público, o CCBB oferece o transporte gratuito do centro de Brasília até o espaço cultural, com saída próxima à Biblioteca Nacional. Uma iniciativa que reforça o compromisso do centro com a democratização da cultura e a acessibilidade.
Com sua atmosfera mágica e crítica, “Fábrica de Nuvem” se despede do público de Brasília neste fim de semana. Para quem ainda não assistiu, esta é a chance de mergulhar em um universo mágico onde repensar o futuro do planeta começa com um simples gesto: jogar o lixo no lugar certo.
DIREÇÃO GERAL E DRAMATURGIA
João Ferreira é artista multidisciplinar, atuando como ator, bailarino, acrobata, dramaturgo, diretor e diretor de movimento. Formado em Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel Vianna e com formação técnica em artes circenses pela Escola Nacional de Circo, iniciou sua carreira aos 15 anos. Atua também como educador, desenvolvendo projetos como a oficina O Ser que Brinca e a colônia itinerante Férias ao Ar Livre. Dirigiu e roteirizou os espetáculos infantis Lua Gigante (2014) e Fábrica de Nuvem (2023), este último vencedor de quatro prêmios no 8º Prêmio CBTIJ, incluindo Melhor Espetáculo. Seu trabalho une circo, teatro físico, dramaturgia não verbal e experimentações poéticas.
ELENCO
Flávia Costa é bailarina, diretora e produtora. Formada em Dança pela Faculdade Angel Vianna, integrou o grupo carioca Intrépida Trupe por quase uma década, atuando em espetáculos e turnês. É idealizadora do Sonoros Festival de Sapateado e representante do projeto internacional Tap Into Life no Brasil.
Julio Manhães é bailarino, coreógrafo e educador. Iniciou-se na dança aos 5 anos e, aos 10, expandiu sua formação para o balé e a dança contemporânea pela Faculdade Angel Vianna. Atua como intérprete-criador nas companhias Esther Weitzman e É Noix, além de colaborar com artistas independentes, filmes e espetáculos.
Alarisse Mattar é artista de circo, atriz, palhaça, performer e dramaturga. Bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO. É membro e fundadora do Coletivo Matuba e artista de performance colaboradora da plataforma Performers sem Fronteiras. Atuou em espetáculos apresentados em festivais como Panorama, FITU e Satyrianas, além de assinar direção e dramaturgia de criações autorais.
FICHA TÉCNICA:
Direção geral e dramaturgia: João Ferreira
Assistente de direção: Flora Dias
Preparação corporal: Adelly Costantini
Preparação de palhaçaria e supervisão de dramaturgia: Ana Sauwen
Direção de animação: Liliane Xavier
Consultoria de cultura popular: Rosane de Assis
Consultoria de mágica: Patrick o Mágico
Elenco: Flávia Costa, Julio Manhães e Alarisse Mattar
Stand in: Guilherme Gomes
Cenografia: Estúdio Chão, Adriano Carneiro de Mendonça e Antonio Pedro Coutinho
Cenotécnico: Dodo Giovanetti
Confecção da estrutura de ferro: Regiyaldo Moraes e Zé Maranhão
Bonecos: Eduardo Andrade – Arte5
Figurino, objetos e adereços: Alice Cruz e Eduardo Andrade
Assistente de Figurino, Objetos e Adereços: Clara Vasconcellos
Costureira: Elaine Ferreira
Visagismo: Marco Chavarri
Peruqueiras: Linda Mistakes e Maybe Love
Direção musical: Isadora Medella
Programação visual e ilustrações: Martina Carvalho
Direção de produção: Fabiana Comparato
Produção Executiva: Alexandre Barroca
Produção Local: Luiz Henrique Santos
Coordenação de comunicação: Rubia Mazzini
Designer: Pedro Lima
Assistente de comunicação: Nicolas Januário
Consultor de infraestrutura: Marcello Magdaleno
Gerenciamento de Projeto: Adriana Lemos
Gestão Financeira: Marcus Gatto
Técnico de montagem/desmontagem de cenário: Alexandre Barroca
Realização: D23 Produções
SINOPSE:
O espetáculo narra a saga de uma mulher e suas peripécias para salvar o planeta da ameaça de uma crise climática. Encarregada da manutenção das chuvas numa fábrica de nuvem na floresta, a personagem se divide nas funções de cuidar do clima, da casa e de si. Cansada de sua rotina, problemas surgem e provocam diversos transtornos. Vivendo um conflito entre ser o algoz e a única com condições de reverter o problema, ela embarca numa jornada de redenção.
SERVIÇO – CCBB BRASÍLIA:
Fábrica de Nuvem
Temporada: 23 de julho a 10 de agosto
Sessões: quarta a domingo
Horário: 16h (qua a sáb) e 15h (dom)
Local: Quadradinho do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – SCES, Trecho 2 – Brasília/DF
Tel: 61 3108 7600
Todas as apresentações são gratuitas
Classificação: Livre
Duração: 50 minutos.