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Teatro Online apresenta programação gratuita até domingo (28)

Foto: Mona canta Dalva, divulgação

O isolamento social para combater o avanço do coronavírus não paralisa as atividades culturais. Isto porque os artistas caíram na rede e seguem inovando para entreter o respeitável público. A partir de amanhã até domingo, a Palavra Z Produções Culturais organiza mais uma edição do Teatro Online, com espetáculos gratuitos disponíveis no site da produtora: http://www.palavraz.com.br/.

O Teatro Online já soma números bem expressivos, com 21 mil visualizações, alcançando uma média de 65 mil espectadores, em todo o Brasil, ao longo das mais de 5 mil horas de exibição. Essa semana, o projeto exibe 10 espetáculos a partir de quarta-feira e inclui novos gêneros: a música e a ópera performática.

Bruno Mariozz, diretor da Palavra Z, convida a todas e a todos: “espalhem esta ideia, vamos ficar em casa, nos protegendo, e também estimulando a proteção de quem nós amamos”, e aposta, “viva a arte que ajuda a curar”.

Programação de 25 a 29 de março

Quarta-feira, 25 de março:

Música

Gomalina Clube Canta Noel Rosa, de Cadu Pacheco, Renato Badeco e Rafael Tereso. Disponível das 10h às 17h de quarta-feira, dia 25 de março.

O show homenageia a música popular brasileira, com o grande compositor Noel Rosa. Apesar de ter vivido apenas 26 anos, sete deles dedicados a composição de mais de 250 canções, Noel figura como um dos mais importantes compositores de nosso país. Era diferenciado, um cronista do cotidiano, que contava em suas canções um Brasil menino, recém republicano. De vida boêmia e desregrada, compôs com tanta veemência que ainda hoje há canções que são praticamente inéditas.

Fundamentado nisso, o espetáculo busca, através de uma pesquisa minuciosa de sua obra, levar ao público relíquias desconhecidas, além dos eternos sambas consagrados.

O cantor do grupo, Renato Badeco, resume: “Noel foi um carioca de classe média que transitou por todo o Rio de Janeiro nas décadas de 20 e 30. Cantou as esquinas, os bares, os becos, as mulheres, a urbes, a política, o amor, o machismo, o carnaval, o morro, os cabarés e a morte… Noel suscitou um modo novo de compor, aliando melodias geniais à poemas muito bem elaborados”.

Ópera Performática

Na Boca do Cão, de Gabriela Geluda. Disponível das 18h às 00h de quarta-feira, dia 25 de março.

Ópera solo contemporânea une música, dança e teatro. Fala do potencial da arte para transformar traumas profundos do ser humano a partir de uma história real, vivida na infância da soprano Gabriela Geluda, protagonista do espetáculo.

A música é a última obra composta por Sergio Roberto de Oliveira, o libreto é de Geraldo Carneiro, tem direção do Bruce Gomlevsky. Em cena: a soprano/atriz Gabriela Geluda e os músicos solistas Ricardo Santoro (violoncelo), Rodrigo Foti (percussão) e Cristiano Alves/ Cesar Bonan (clarineta/clarone).

Quinta-feira, 26

Música

Mona canta Dalva, de Mona Vilardo e Filomancuzo. Disponível das 10h às 17h de quinta-feira, dia 26 de março.

Estreado em 2017, em comemoração ao centenário de Dalva de Oliveira, o espetáculo já passou pelos Teatros Maison de France, Dulcina, da UFF e Municipal de Niterói. O projeto inclui o livro infanto-juvenil “Dalva, minha vó e eu” e o espetáculo “Mona canta Linda”, pelo centenário de Linda Batista, em 2019. Esse ano, Mona e Filomancuzo fizeram o show “Pré-Carnaval das Rainhas do Rádio” no Teatro Claro Net e Sala Nelson Pereira dos Santos.

Ópera Performática

Migrações, de Gabriela Geluda. Disponível das 18h às 00h de quinta-feira, dia 26 de março.

Esta ópera performática trata de fluxos migratórios. Esses movimentos, motivo de arrebatamento e terror desde a mítica Tróia aos refugiados da Síria na atualidade, são tratados no espetáculo de maneira a chamar atenção de todos a essa questão.

Tem libreto de Geraldo Carneiro, direção de Duda Maia, música de Beto Villares e Armando Lôbo. No elenco, estão a soprano e atriz Gabriela Geluda, a bailarina e atriz Gabriela Luiz e o trio instrumental formado pelos solistas Cristiano Alves (clarinete/clarone), Rodrigo Foti (percussão) e Daniel da Silva (violoncelo), além de meios eletroacústicos.

Sexta-feira, 27

Infanti

Patrícia Piolho, de Luiza Yabrudi e Karina Ramil. Disponível das 10h às 17h de sexta-feira, dia 27 de março.

Após 5 anos, a peça infantil “Patrícia Piolho”, vencedora na categoria de Melhor Atriz no 9º Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil para Karina Ramil, retorna para o grande público através das mídias digitais. A peça narra o drama de uma menina do interior que chega à cidade grande e busca aceitação na turma do novo colégio. Logo no primeiro dia de aula, em meio a esse desafio, ela conhece o inseto mais temido na infância, o piolho, mas que, para sua surpresa, acaba sendo seu melhor amigo.

Adulto

Carta de um Pirata, de Vinícius Piedade. Disponível das 18h às 00h de sexta-feira, dia 27 de março.

Um pirata escreveu uma carta para mãe muito tempo atrás, que é trazida ao palco por Vinícius Piedade e contada utilizando o essencial, seu corpo, sua voz e muita sensibilidade. A montagem explora nuances, que vão do humor genuíno ao inconformismo.

Sábado, 28

Infantil

A Pequena Vendedora de Fósforos, de Dayse Pozzato. Disponível das 10h às 17h de sábado, dia 28 de março

Esta é a história de uma menina que, para sobreviver, ajuda sua família, vendendo fósforos. Numa noite fria de Natal, ela acende um dos palitos para aquecer seu corpo e quem sabe, também sua alma. Cada fósforo que acende a faz se deparar com a vida que nunca teve: brinquedos, uma boa refeição, a presença de uma família, até que ao acender o último fósforo, a faz desejar rever a sua querida avó, já falecida.

A Pequena Vendedora de Fósforos é um dos textos mais populares do poeta e escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e pouco montado no Brasil. A adaptação é de Denise Crispun e direção de Lúcia Coelho, ambas com vasta experiência no teatro infantil.

Adulto Musical

A Lenda do Sabiá, de André Arteche. Disponível das 18h às 00h de sábado, dia 28 de março.

Montagem musical, com a benção de Ariano Suassuna, apresenta a Cia. Os Aborígenes de Teatro e seus dez atores-músicos que, em rima, contam a lenda de Sabiá – sanfoneiro acusado injustamente de um crime e, em um vivaz realismo fantástico, resurge transfigurado em um homem pássaro.

O espetáculo, de raízes na literatura de Cordel, é uma comédia sobre o Brasil e faz um tributo a romancistas que são referência ao retratarem o folclore e o regionalismo do país – Mário de Andrade e Ariano Suassuna, e seus personagens, como Macunaíma e João Grilo. Bem como o compositor Luiz Gonzaga, dentre muitos outros autores brasileiros.

Domingo, 29

Infantil

Marrom nem preto nem branco?, idealizada por Vilma Melo e Pieterson Duderstadt com texto Renata Mizrahi. Disponível das 10h às 17h de domingo, dia 29 de março.

Ao longo de 55 minutos, a peça, inspirada na menina Lorena de Melo Schaefer, conta a história de Linda, uma garota que não entende o conceito de raça, só de cor. Filha de pai alemão e mãe negra, ela se acha marrom. Após inúmeras situações que apontam as desigualdades, ela decide fugir em busca de sua identidade a procura de um lugar onde todos são iguais.

Adulto

Um Ensaio Sobre Amaro, de Eduardo Rios. Disponível das 18h às 00h de domingo, dia 29 de março.

Um ensaio sobre tristeza, que se surge no exato instante em que um ator nega os seus sentimentos se vê obrigado a reensaiar o seu personagem mais triste: Amaro. O ator e o personagem entram juntos em cena para travar um embate entre a melancolia e a euforia, a lealdade e o desapego, a aceitação e a necessidade de mudar. O ator, Eduardo Rios, usa como recursos principais um forte trabalho físico e um dinâmico tempo cômico para, sozinho, dar vida a um inquieto e filosófico dilema entre as facetas que habitam um mesmo ser. Brincando entre linguagens teatrais extremas, o espetáculo aposta na fricção entre dança, teatro de máscaras, manipulação de objetos, música e ilusionismo para convidar o público a uma conversa com a tristeza em tempos em que ela não é mais ouvida.

 

 

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