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Primeira Marsha Trans do Brasil é realizada em Brasília

trans

Créditos: Agência AIDS

Keila Simpson é presidenta da Antra, entidade organizadora da Marsha Trans Brasil. Foto: Arquivo Pessoal

Mobilização realizada em 28 de janeiro celebra vida de pessoas trans e tem como madrinhas as parlamentares Erika Hilton e Duda Salabert

Brasília recebe em 28 de janeiro a Marsha Trans Brasil. Em sua primeira edição, a mobilização reforça a luta por direitos e celebra os 20 anos do Dia da Visibilidade Trans no Brasil, celebrada em 29 de janeiro. A Marsha, grafada desta forma em homenagem à referência trans global Marsha P. Johnson, convoca pessoas trans e travestis, a comunidade LGBTQIA+, além de pessoas aliadas para ocupar as vias do centro do poder do Brasil. A concentração começa às 13h, em frente ao Congresso Nacional e segue em cortejo até a altura do Museu Nacional da República.

Organizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Marsha Trans Brasil conta o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade e mais de 40 instituições apoiadoras, e pretende mobilizar a maior ocupação feita por pessoas trans e travestis do País já feita em Brasília. “Nossa busca é por um futuro cada vez mais possível, onde a visibilidade trans não seja apenas um lembrete anual, mas uma realidade diária”, reforça Bruna Benevides, secretária de articulação política da entidade.

Nesta primeira edição, a mobilização tem como madrinhas Erika Hilton e Duda Salabert, primeiras deputadas federais trans do Brasil. “Precisamos destacar a nossa luta na política institucional brasileira e nossas deputadas trans representam um marco histórico para o futuro da nossa população, mostrando que a luta incansável pela igualdade de direitos pode levar a conquistas significativas”, avalia a entidade.

Para a Antra, a visibilidade trans nacional é um marco histórico iniciado em 2004, resultado da atuação da entidade junto ao Programa Nacional de DST/AIDS da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, hoje, Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites virais e infeções sexualmente transmissíveis da Secretaria de vigilância em Saúde e ambiente do Ministério da Saúde, quando nasceu a primeira campanha pelos direitos trans e travestis, intitulada “Travestis e Respeito”. “Hoje, reafirmamos nossas demandas, conscientes de que a luta por igualdade, respeito e dignidade ainda está longe do fim”, pontua Bruna.

Conscientização
O Dia Nacional da Visibilidade Trans é uma data importante para aumentar a conscientização sobre os desafios e conquistas da comunidade trans e travesti no país. Com o propósito de exaltar quem ajudou a trilhar o caminho da luta trans no Brasil ao longo das últimas décadas, a Marsha homenageia personalidades fundamentais para a comunidade trans, como Katia Tapety, a primeira travesti a ocupar um cargo político no país, Jovanna Baby, fundadora da primeira instituição trans do país, Keila Simpson, primeira travesti a receber o título de doutora honoris causa no país.

Pautas em luta
Para participar da manifestação, a organização vai receber caravanas de vários estados, que estão mobilizadas em torno da agenda da Marsha Trans, como o direito à educação, saúde pública, segurança, memória e acesso à Justiça, além da luta contra o novo RG, que mantém  o “nome morto” junto ao nome social e incluiu  o campo “sexo” que expõe pessoas trans a diversas violências, especialmente aquelas que não retificaram sua documentação. As cotas nas universidades e em concursos públicos também são causas reivindicadas nesta primeira edição da manifestação. Durante a concentração e a caminhada, a organização promove a distribuição de um manifesto criado para a 1ª Marsha Trans Brasil.

SERVIÇO
1º Marsha Trans Brasil
28 de janeiro, a partir das 13h
Concentração em frente ao Congresso Nacional para o cortejo que segue até o Museu Nacional
Informações: instagram.com/marshatransbr

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