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PIB pode atingir crescimento de até 3% em 2021, diz Ipea

Ipea
Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Projeção é esperada em razão das medidas de manutenção econômicas previstas para o segundo semestre deste ano

Analistas econômicos afirmam que houve uma recuperação da economia brasileira em 2020, dado o contexto da pandemia do novo coronavírus. O ambiente favorável incentivou o  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a projetar em 3%, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. O anúncio aconteceu nesta terça-feira (30), pela tarde.

“Além do impacto da pandemia e do endurecimento das medidas de isolamento social por parte de governos estaduais e municipais sobre o ritmo da economia, as previsões para 2021 também levam em conta as incertezas quanto à capacidade de se promover os ajustes nas contas públicas necessários para uma trajetória fiscal equilibrada. Outro fator de risco é a aceleração inflacionária, refletindo a alta nos preços administrados acima do esperado no início deste ano e a desvalorização cambial, com impactos principalmente nos preços dos alimentos e dos bens industriais.” disse o Ipea, por nota.

De acordo com o instituto, o segundo semestre do ano deve ser marcado pela retomada do crescimento do PIB, e pelo aumento da confiança de consumidores e empresários a partir do avanço do número da cobertura vacinal contra a Covid-19. É importante lembrar que a Confederação Nacional da Indústria (CNI)01 tem um expectativa semelhante com a do Ipea, tendo em vista que é a confederação responsável por medir o nível de confiança de classes como família e comércio.

“As hipóteses cruciais desse cenário são que as questões associadas à pandemia já estejam sob controle e que seja possível conter as atuais incertezas fiscais. A questão fiscal, aliás, é analisada em detalhe numa perspectiva de curto e longo prazos a partir da discussão do Orçamento para 2021 e da EC 109, ambos recém-aprovados pelo Congresso”, pontuou o órgão.

Próximos anos

Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A projeção do instituto para o ano de 2022, é de um acréscimo de 2,8% do PIB, em um cenário onde o governo já esteja com medidas de manutenção da atividade econômica esperado o segundo semestre ainda este ano.

O documento contempla uma análise do efeito do preço das commodities sobre a atividade econômica. No Brasil, o peso das commodities no total das exportações no último ano foi de 65%, e a participação no PIB de 12%. Os dados mostram que o aumento do preço das commodities e o crescimento do PIB seguem um padrão muito similar. Sendo assim, espera-se que a atual trajetória de alta dos preços internacionais das commodities contribua positivamente para a retomada da economia brasileira.

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