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NASCAR Brasil quer levar mulheres para correr nos Estados Unidos

Foto: Luciano Santos / SiGCom

 

Disposto a inserir na NASCAR Series Brasil o programa Drive for Development, da norte-americana NASCAR, Thiago Marques, um dos representantes da categoria no País, fechou acordo com a CFA (Comissão Feminina de Automobilismo) da CBA para que a campeã e a vice da FIA Girls on Track Brasil Seletiva de Kart na categoria Graduadas ganhem um teste cada. Serão realizados na pista de Interlagos, em São Paulo, em 5 de agosto, no dia seguinte às corridas das NASCAR Brasil Series e da Copa Truck, que andam juntas.

As catarinenses Maria Eduarda Nienkötter e Maria Luiza Bedin, ambas com 17 anos, conquistaram os testes com o primeiro e o segundo lugar em que terminaram a prova da categoria Graduadas da Seletiva de Kart que elas disputaram no último domingo, 9 de junho, no Speed Park, em Birigui (SP).

Thiago Marques está animado com a possibilidade de vir a ter pilotos do sexo feminino na NASCAR Brasil Series: “Essa ideia surgiu para dar continuidade aqui a um plano de diversidade que a NASCAR tem nos Estados Unidos, que busca incluir mulheres, negros, latinos, asiáticos e outras diversidades na categoria. Aqui, a gente está querendo expandir isso, trazer desde a base, desde o kart, formar uma mulher, quem sabe um dia ter uma mulher correndo. Então em comum acordo entre a NASCAR Brasil e a NASCAR Estados Unidos, estamos fazendo alguns planos nesse sentido. E a Seletiva de Kart da FIA Girls on Track Brasil nos caiu exatamente como queríamos”.

As atividades consistirão em um treino para cada piloto, em dois carros, com assistência de telemetria e assistência de profissionais para entendimento do equipamento. “Será o nosso primeiro experimento, uma primeira seletiva que faremos com essa característica. Vamos estar aprendendo e tentando achar o melhor formato. E vamos tentar de alguma forma, se for intenção delas, dar continuidade e fazer o possível para trabalhar possibilidades de patrocínio para dar sequência a essa experiência. Vamos colocar a Maria Eduarda e a Maria Luiza nos carros e entender delas quais são os planos”, completa Thiago Marques.

Bia Figueiredo, presidente da CFA criada por Giovanni Guerra, presidente da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), também está animada com a possibilidade de o Brasil vir a ter uma mulher correndo na NASCAR, tanto no País, o que nunca aconteceu, quanto nos Estados Unidos.

“Essa parceria com a NASCAR Brasil Series prestigia nosso trabalho visando abrir espaço para mais mulheres no mercado de automobilismo em todas as funções”, diz ela. “Com a Seletiva de Kart buscamos ajudar a fomentar a base para que venhamos a ter mais mulheres correndo. Poder oferecer esses testes como prêmios às duas pilotos é animador. Toda carreira no automobilismo se constrói lentamente por meio de muitos testes, experimentos, negociações. Elas terão a oportunidade de começar com uma experiência diferente. A NASCAR Brasil terá a oportunidade de tentar desenvolver pilotos mulheres. E isso é bom para todo mundo.”

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