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Internet das coisas. Por que você deveria saber mais sobre isso?

Internet das Coisas

Há algum tempo, mais especificamente no ano de 2019, eu estava promovendo um projeto relacionado a tal Internet das Coisas. Tínhamos criado uma maratona de inovação no parque tecnológico de Brasília – BIOTIC, cuja proposta era trazer pessoas da cidade, com habilidades diversas, dispostas a apresentar soluções para os problemas do dia a dia. Afinal, você que é morador de determinado bairro sabe, como ninguém, o que incomoda, certo?

Pense como seria se para ser Secretário de Mobilidade o requisito fosse que o gestor da pasta fosse obrigado a usar apenas transporte público. Para ser Secretário de Saúde, o indicado só pudesse usar o SUS para problemas de saúde e assim sucessivamente. Eu tenho certeza que você esboçou aquele sorriso no canto de boca e pensou “Isso seria no mínimo engraçado”.

Mas vamos voltar o tema. Afinal o papo era sobre internet, lembra? Mais especificamente sobre uma nova internet chamada Internet das Coisas. Então, vamos a ela:

Desde os anos 90, a internet está presente em nossas vidas. Na realidade, hoje em dia seria impensável viver sem ela. Mas essa internet que todos conhecemos foi concebida inicialmente e primariamente para as pessoas. Assim, todos os games, livros, sistemas de busca, sites de compras, imagens e tudo o mais que temos na internet foi concebido por pessoas, para pessoas e sobre pessoas. Mas, agora, existe uma nova internet emergindo e ela não é apenas sobre pessoas, mas sobre coisas: objetos do dia a dia como eletrodomésticos, lâmpadas e aparelhos eletrônicos diversos que passam a enviar e receber informações por meio da internet, para que possamos interagir melhor com eles.

Um fator importante sobre a Internet das Coisas é que, além dos objetos se conectarem a internet, eles também podem se conectar entre si. Se você conhece a assistente virtual da Amazon, a Alexa, já sabe sobre o que estou falando. Afinal, é maravilhoso dizer algo como “Alexa, apague todas as luzes da casa” e as lâmpadas simplesmente apagarem. O que aconteceu aqui foi que seu dispositivo Alexa se conectou diretamente com as luzes inteligentes que você instalou e executou o comando que você mandou: “Apagar”. Caso você não tenha a menor ideia do que estou falando e nunca ouviu falar na tal da Alexa, vamos a outro exemplo:

Imagine que os carros (uma das “coisas” que você usa no dia a dia) possam se comunicar entre si. Agora imagine que ocorra um acidente com o carro da frente. Nesse momento, através de uma conexão sem fio, o carro da frente pode “avisar” ao seu carro, sem você saber, que ele deve frear imediatamente, evitando que você e seus familiares se machuquem. Repare que tudo isso ocorre numa fração de segundo, muito antes de você perceber que ocorreu um acidente à frente. Ao mesmo tempo, essa informação estará disponível na internet e outros carros conectados poderão mostrar no painel, aos seus motoristas, que houve um acidente, já sugerindo uma rota alternativa, evitando engarrafamentos. Percebe como isso mudaria tudo?

E se, além dos carros, sua geladeira estivesse conectada, podendo te avisar que acabou o leite, por exemplo. Ou talvez o seu tênis (sim, o seu tênis) que durante sua caminhada pode te informar sobre seu estado de saúde. Você sabia que a maioria das TV’s já podem ser conectadas à internet lhe provendo serviços como Netflix e muitos outros? Isso é a internet das coisas. As possibilidades são infinitas e o mais importante é que a IoT ( sigla em inglês para Internet das coisas ) já é uma realidade.

E o Brasil, onde fica nisso tudo? Uma das aplicações mais promissoras para a internet das coisas no nosso país é no agronegócio. O monitoramento remoto de lavouras e a tal da agricultura de precisão se beneficiam muito desse conceito. É claro que em um país de dimensões continentais, como o nosso, existem muitos desafios: A falta de conectividade, falta de padronização de mercado e até de pessoal qualificado. Por outro lado temos também boas notícias, como a implantação recente da nova rede celular de quinta geração (o famoso 5G), que promete revolucionar tudo. O que uma coisa tem a ver com outra? Eu prometo que te conto em um outro artigo.

Até lá, se de alguma maneira você ainda acha que conectar as coisas à internet não faz sentido, lembre-se que há pouco mais de dez anos, um único dispositivo do universo da internet das coisas, revolucionou toda a humanidade: Sim! Estou falando do seu telefone celular. Ou deveria chamá-lo de smartphone?

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