
O uso prolongado de computadores, celulares e outros dispositivos digitais tem aumentado a incidência de fadiga visual, condição marcada por sintomas como ardência, ressecamento ocular, sensibilidade à luz e dificuldade de foco. Especialistas alertam que o problema, muitas vezes negligenciado, pode evoluir para irritações persistentes e afetar a produtividade e o bem-estar.
De acordo com Bruna Mendonça, especialista do setor óptico, o esforço contínuo dos olhos em telas reduz a frequência de piscadas, comprometendo a lubrificação natural e sobrecarregando a musculatura ocular. “A fadiga visual é um sinal claro de que os olhos estão sendo exigidos além do limite”, explica.
Para prevenir e aliviar o desconforto, ela recomenda a aplicação da técnica 20-20-20, amplamente indicada por profissionais da saúde visual. “A cada 20 minutos em frente às telas, faça uma pausa de 20 segundos e olhe para um ponto distante, a cerca de seis metros. Essa simples mudança de foco ajuda a relaxar a musculatura ocular e estimula a lubrificação”, orienta.
Além das pausas regulares, ajustes no ambiente de trabalho – como posicionamento adequado da tela, iluminação indireta e controle do brilho dos dispositivos – são essenciais para reduzir a tensão visual. A exposição prolongada à luz azul, emitida pelas telas, também pode interferir na qualidade do sono, reforçando a necessidade de moderação e cuidados.
Incorporar hábitos simples no dia a dia, como piscar com mais frequência durante o uso de dispositivos e realizar avaliações oftalmológicas periódicas, contribui para a saúde ocular a longo prazo. Quando o desconforto persiste, a busca por orientação profissional é fundamental para evitar complicações e garantir a manutenção da qualidade visual.