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Dólar fecha em R$ 5,45 um dia após saída de secretários

dólar americano

Foto: Pixabay

secretários da economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

BC interveio no câmbio pela primeira vez em três meses

No dia seguinte ao anúncio da saída de dois secretários do Ministério da Economia, o dólar subiu e a bolsa fechou praticamente estável. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (12) vendido a R$ 5,45, com alta de R$ 0,038 (+0,7%).

O real descolou-se de outras moedas e perdeu valor após a confirmação de que os secretários especiais de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão. o ministro da Economia Paulo Guedes classificou a saída de “debandada”.

Por volta das 15h, o dólar chegou a atingir R$ 5,49, mas perdeu força depois de o Banco Central (BC) intervir no mercado. A autoridade monetária leiloou US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Ao todo foram dois leilões, um pela manhã e outro à tarde.

Essa foi a primeira vez desde 19 de maio que a autoridade monetária leiloou contratos novos de swap. Desde então, o BC vinha apenas “rolando” (renovando) os contratos de swap em circulação, sem injetar papéis novos no mercado.

Saída dos Secretários

Segundo Paulo Guedes, o motivo da demissão dos secretários seria a insatisfação de Mattar com o ritmo das privatizações de estatais, e no caso de Uebel, o ministro disse que o secretário deixou o cargo pela falta de andamento da reforma administrativa.

“Hoje houve uma debandada”, afirmou Guedes. “O que ele [Mattar] me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver a privatização, que é muito difícil, muito emperrado, que tem que ter apoio mais definido, mas decisivo. O secretário Uebel, a mesma coisa. A reforma administrativa está parada, então ele reclama também que a reforma administrativa parou”, afirmou o ministro.

As declarações do ministro foram feitas durante entrevista coletiva após uma reunião com presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Guedes reafirmou que não apoia uma eventual tentativa de furar o teto de gastos do governo.

 

 

*Com informações da Agência Brasil

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