Ícone do site Portal Contexto

Dezembro Vermelho: mitos e verdades sobre infecções sexualmente transmissíveis

Foto: divulgação

Durante o Dezembro Vermelho, campanha nacional de conscientização sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialistas destacam a necessidade de combater informações falsas que ainda circulam na população. A desinformação pode prejudicar a prevenção de doenças como sífilis e AIDS, especialmente no período de festas e verão.

Mitos comuns que precisam ser desfeitos

Um dos mitos mais persistentes é o risco de contágio de HIV em banheiros públicos. Na realidade, o vírus não sobrevive por muito tempo fora do corpo humano, tornando essa forma de transmissão praticamente impossível.

Outra crença equivocada é que mosquitos podem transmitir o HIV. Biologicamente, o vírus não sobrevive no organismo do inseto, e o mosquito não injeta sangue de uma pessoa em outra.

Por outro lado, práticas como o sexo oral sem proteção são subestimadas. Essa via é comum para transmissão de sífilis, herpes, gonorreia e HPV, exigindo o uso de preservativos ou barreiras de látex.

Sífilis: uma epidemia silenciosa

O Brasil enfrenta um aumento expressivo de casos de sífilis adquirida, com taxa de 120,8 casos por 100 mil habitantes. A doença, conhecida como “o grande imitador”, pode simular sintomas de outras condições se não tratada, mas tem cura com penicilina. O crescimento de casos em gestantes e da forma congênita reforça a importância do pré-natal e do diagnóstico precoce.

HIV: avanços no tratamento e no combate ao preconceito

Um dos principais avanços na luta contra o HIV é o conceito I=I (Indetectável = Intransmissível). Pessoas em tratamento regular, com carga viral indetectável há mais de seis meses, não transmitem o vírus por via sexual. No Brasil, cerca de 95% das pessoas em tratamento atingiram essa condição em 2024.

As metas globais da ONU para o HIV – 95% diagnosticados, 95% em tratamento e 95% com carga viral suprimida – estão próximas no país, com índices de 96%, 82% e 95%, respectivamente.

“A evolução diagnóstica e terapêutica transformou o que antes era uma sentença em uma condição crônica manejável. Precisamos quebrar o estigma para que as pessoas busquem o diagnóstico”, afirma o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Tecnologia a favor do diagnóstico preciso

A precisão dos testes é fundamental para o controle epidemiológico. Plataformas automatizadas, como as oferecidas pela Roche Diagnóstica, permitem detecção precoce e monitoramento eficaz da carga viral, garantindo decisões clínicas mais seguras e contribuindo para a saúde pública.

A campanha Dezembro Vermelho reforça a importância da informação qualificada, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento, lembrando que a prevenção e o cuidado são as melhores formas de combater as ISTs.

Sair da versão mobile