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Coral Guarani lança disco de música ancestral

O álbum está disponível nas principais plataformas de streaming. Escute aqui.

O dia 19 de Abril simboliza a luta e a resistência dos povos originários. Para celebrar a data, o Coral Guarani Kuara’y Retxakã, da Aldeia Tekoá Mirim de Aracruz lança o álbum Originários do Agora de Música Ancestral Contemporânea.

O projeto de gravação foi realizado com o apoio do prêmio do Edital 016/2019 – Valorização da Diversidade Cultural Capixaba do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo – FUNCULTURA.

O álbum é resultado das conexões vividas pelo artista Luccas Martins no projeto Handpan Brasileiro, no qual o músico realiza vivências musicais com grupos de música popular regional do Brasil e faz música colaborativa com o intuito de inserir o handpan na música popular brasileira.

A parte instrumental do disco traz o lirismo da música Guarani, que por vezes remete à música de concerto com a participação de quarteto de violoncelos, fagote e trompete, e ao mesmo tempo finca os pés no tempo presente dialogando com a sonoridade de sintetizadores e da música eletrônica. A percussão gravada por Luccas Martins tem destaque especial com efeitos sonoros feitos de sementes orgânicas, tambores e a participação do handpan, instrumento de percussão harmônico-melódico suíço, que confere sonoridade exótica e transcendental ao álbum com seu som metálico rico em harmônicos.

Com o conceito de fazer uma leitura contemporânea da música ancestral, duas faixas do disco tem arranjos de música eletrônica elaborados e produzidos pelo duo NAVA, dos músicos Chico Corrêa e João Meirelles.

Os arranjos e a produção musical do álbum têm a assinatura do percussionista Luccas Martins, que fez toda a captação das vozes do coral ao vivo, in loco, dentro da casa de reza da Aldeia Tekoá Mirim. A mixagem e a masterização do disco foram feitas pelo renomado engenheiro de áudio Homero Lotito. O álbum é produzido e lançado pelo selo Lôa Discos.

Identidade visual

A identidade visual do álbum teve o conceito desenvolvido pela fotógrafa Giulyanna Cipriano. O design gráfico traz imagens do cotidiano da aldeia e fotos de objetos de artesanato produzidos pelo povo Guarani.

A arte de capa é uma colagem digital feita pela artista visual indígena Mavi Morais. Mavi é da etnia Kariri-Sapuyá e trabalha com um misto de fotografia e artes visuais procurando mesclar impactos visuais do design moderno com as causas e questões indígenas, criando narrativas visuais sobre espiritualidade, memória ancestral, identidade e resistência. É um trabalho que se inicia nas tradições indígenas e viaja o mundo visual e literalmente. Mavi Morais teve sua obra exposta em um outdoor em Sauchiehall Street e Barrowlands – ruas de Glasgow, Escócia – onde foi realizada a 26ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP26, em novembro de 2021.

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