O Caminho de Santiago é entendido como uma roteiro místico, de autoconhecimento, superação ou religioso. Quem conta mais sobre esta jornada é Ricardo Rangel, autor do livro: “O Destino é o Caminho”, em que ele conta como foi a caminhada pela Via Láctea, como é conhecido o caminho.
O escritor que percorrer quase 900 quilômetros à pé conta que o caminho é para todos. Ele ainda conta que muitas pessoas fazem a caminhada também pode motivos “mundanos”. “Há quem o faça pelo desafio físico, pela aventura, para estar com contato com a Natureza, para fazer algo diferente de tudo, para dar uma pausa completa na vida, para relaxar, para pensar, para encontrar gente”, relata.
Mesmo que não seja possível caminhar tanto, é possível usar o carro para conhecer a arquitetura e a gastronomia da região. Rangel indica: “duas das principais cidades da Espanha, Burgos e León, com suas fabulosas catedrais, estão lá, e em Burgos está o fascinante Museo de la Evolucion Humana, que contém os achados do sítio antropológico de Atapuerca.”
O Caminho de Santiago de Compostela era uma hipótese distinta. Para começar, era diferente de tudo o que eu já havia feito; uma experiência intensa de muitas maneiras, não apenas no sentido físico. Também me atraía o fato de ser um lugar onde não há, em absoluto, decisões para tomar: você acorda de manhã e anda sem nem sequer precisar pensar para onde, pois existem setas amarelas por todo lado apontando a direção a seguir. Basta colocar um pé adiante do outro e deixar (ou não) o pensamento fluir. Além disso, dizia-se que as paisagens são belíssimas. Como se isso tudo fosse pouco, sempre há muita gente fazendo o Caminho, de modo que cada um tem a oportunidade de decidir — minuto a minuto — se quer solidão ou socialização. (O Destino é o Caminho, p.19)
Entre as dicas gastronômicas da região, o escritor destaca: “para quem gosta de vinhos, há Rioja, claro, mas há também Navarra, Bierzo, e a Galícia — e Ribera del Duero fica a meros 70 quilômetros de Burgos. Para comer, há tapas — que podem ser tapas, pinchos (ou pinxos), canapés e montaditos. E a coxa de pato confit do país basco; o lechazo (cordeiro de leite) asado de Castilla; o cocido maragato de Astorga; o polvo da Galícia; e, claro, a torta de Santiago. E muito mais!”.
Ricardo Rangel ainda desmistifica, “Ninguém é obrigado a caminhar, nem muito menos a dormir em albergues coletivos: há acomodações para todos os bolsos. Os “Paradores de Espanha” são hotéis instalados em prédios antigos de grande valor histórico e artístico, e há nada menos do que cinco deles ao longo do Caminho, sendo os dois mais extraordinários o de León e o de Santiago.”
Por isso, o autor defende que “seja que tipo de turista for, o Caminho de Santiago tem algo de muito especial reservado para você.”
Título: O Destino é o Caminho
Autor: Ricardo Rangel
Editora: Edições de Janeiro
ISBN: 978-85-9473-039-8
Páginas: 192
Formato: 16×23 cm
Preço: R$ 68,00
Link de venda: https://bit.ly/2DuFPrZ