No dia 08 de junho em Estolcomo (SE), a startup brasileira Phycolabs, representada pela CEO, estilista têxtil, mestre em têxtil e Moda, Thamires Pontes, recebeu o prêmio Global Change Award 2023 pelo projeto “PhycoFiber, desbloqueando a revolução das algas rumo a uma indústria da moda regenerativa”.
O prêmio de sustentabilidade na moda promovido pela Fundação H&M, acontece anualmente e é conhecido como o “Nobel da moda”. A solução desenvolvida, foi para superar os desafios de sustentabilidade enfrentados pela indústria têxtil, a partir de fibras têxteis naturais e biodegradáveis à base de macroalgas que operam dentro de um ciclo de vida circular do produto, desde o cultivo da matéria prima até o desenvolvimento da fibra e consequentemente do tecido.
“Acreditamos que é possível transformar a indústria têxtil, substituindo os materiais convencionais por soluções sustentáveis. Vamos impulsionar a transição para um futuro mais regenerável por meio do uso das algas marinhas, estimulando a economia azul. Atualmente, infelizmente nos deparamos com os prejuízos do mercado da moda, que é o segundo mais poluente do mundo, também responsável por 35% dos microplásticos dos oceanos e quase 10% de todo o carbono emitido”, diz Thamires.
No contexto em que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o período de 2021 a 2030 como a década do Oceano, ou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a descoberta ainda faz com que o Brasil seja um dos protagonistas para tornar o oceano saudável, produtivo e explorado de forma sustentável.
Em países onde houve o incentivo do cultivo de algas marinhas, melhorou eficientemente, o bem-estar da comunidade em transporte, educação e principalmente, o status socioeconômico das mulheres. Segundo a CEO, é possível promover essa cadeia de abastecimento da mesma forma que o algodão foi promovido na década de 1980.