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Brasil está em segundo no ranking do índice global de complexidade corporativa

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Índice Global de Complexidade Corporativa da TMF Group avaliou 77 países e mesmo com progressos nos últimos anos, o Brasil ocupa o segundo lugar do ranking

Em 2020, mais de um milhão de novas empresas foram abertas. As juntas comerciais se modernizaram para favorecer o surgimento de novos negócios. Contudo, a pesquisa feita pela TMF Group aponta o Brasil como o segundo país mais complexo para se fazer negócios, perdendo apenas para a Indonésia.  O estudo, feito em 77 países, analisa fatores como pagamento de impostos e contabilidade, dificuldade para contratar, demitir e gerenciar folha de pagamento e questões relacionadas a regulações e penalidades. 

De acordo com o Índice Global de Complexidade Corporativa, mesmo com os avanços nos últimos anos, por exemplo, a adoção de impostos digitais e simplificados, o Brasil segue como um ambiente hostil para os negócios. Isto se deve pela complexidade dos regimes fiscais que são distribuídos nas três instâncias de governo: federal, estadual e municipal.

“O Brasil conseguiu evoluir numa agenda que melhora o ambiente de negócios. Mas o país ainda apresenta uma série de desafios para quem vem investir e empreender por aqui. Países como a Grécia, que caiu, no último ano, da primeira para a quinta posição no ranking, estão fazendo mudanças de modo mais enfático e colhendo os frutos deste esforço”, disse Rodrigo Zambon, Diretor Geral da TMF Brasil. 

Para o executivo, mesmo com a complexidade nacional, deverá haver uma onda de aquisição de empresas brasileiras no segundo semestre deste ano. Com a desvalorização do real, houve um aumento na procura por ativos no Brasil por parte de fundos soberanos e empresas de private equity. Percebemos esta tendência de maneira bastante intensa em nossos contatos com estas entidades estrangeiras”, acrescentou Zambon. 

Segundo o relatório, os entrevistados acreditam que os procedimentos de RH no Brasil, como a contratação, demissão e gerenciamento da folha de pagamento – um dos principais desafios do país – se tornarão menos complexos nos próximos cinco anos. Quando se trata de regras, regulamentos e penalidades, outro importante obstáculo para as empresas que operam no Brasil, os entrevistados são menos otimistas. Eles acreditam que essa realidade não mudará nos próximos cinco anos.

América Latina é a região mais complexa

A Indonésia lidera o ranking dos países mais complexos para se fazer negócios. Depois do Brasil, aparecem a Argentina, Bolívia e Grécia. Dos dez primeiros, seis são latino americanos, isto coloca a região como a mais complexa do mundo. Curiosamente, a segunda maior economia do planeta, a China, aparece em sexto lugar.

Quando se avalia os lugares mais fáceis de fazer negócios, os americanos aparecem em segundo lugar. Quem lidera este ranking positivo é Curaçao, país pertencente ao Reino dos Países Baixos, situado no sul do Mar do Caribe. Outros países que integram a lista dos menos complexos: Dinamarca, Holanda, Irlanda, Jamaica, Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Cayman. 

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