A maconha não está mais na lista de drogas consideradas mais perigosas
Gabriel Torres
A decisão foi de uma comissão da ONU, mas ela não interfere nas autoridade dos países em relação as regras e leis de cada um sobre a droga
Na última quarta-feira (2), a Comissão de Drogas Narcóticas das Nações Unidas validou a reclassificação da maconha e da resina derivada da cannabis para um nível que inclui substâncias consideradas menos perigosas segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contudo, a novidade não tira muda as políticas e leis adotadas em cada país sobre a maconha e seus derivados. Ou seja, na prática, a decisão da comissão não altera o dever atribuídos às nações de estabelecerem o controle contra a multiplicação da droga.
E o que essa determinação mudou? A partir de agora, a maconha não faz mais parte da lista de substâncias consideradas “particularmente suscetíveis a abusos e à produção de efeitos danosos” e “sem capacidade de produzir vantagens terapêuticas”.
Com isso, a maconha abandona a lista de drogas mais perigosas. Até ontem ela estava posicionada junto a substâncias bem mais fortes, como a heroína. A mudança proporcionou que a cannabis fosse encaminhada para a relação que contém entorpecentes com menos potencial danoso e que requerem controle, a mesma categoria que a morfina está enquadrada.
Vale lembrar que a sentença acompanha a recomendação da própria OMS e teve aprovação de 27 países. Entretanto, outros 25 foram oposição, e uma parte da representação se absteve. As delegações também recusaram outras sugestões como a retirada de todas as listas de alguns componentes da cannabis.
A legalização ao redor do planeta
O uso recreativo da maconha é permitido em países como o Uruguai, a Holanda, o Canadá e, mais recentemente, a Geórgia. Em alguns estados dos EUA a legalização também já foi aprovada. O próximo país a entrar nesta lista deve ser o México. O Senado aprovou a legalização da maconha para fins medicinais e uso recreativo no mês passado.
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