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5 práticas essenciais para fortalecer a cultura da empresa por meio da comunicação interna

Foto: Pexels

Especialista dá dicas de como consolidar a cultura da empresa com ações práticas no dia a dia

No auge da pandemia, a comunicação interna empresarial precisou ser reestruturada às pressas. Diante da urgência, era compreensível recorrer a soluções improvisadas, com múltiplos canais paralelos, ferramentas desconectadas, falta de padrão e de estratégia clara. Hoje, porém, esse cenário de exceção já não se justifica.

De acordo com Leandro Oliveira,  diretor da Humand no Brasil, plataforma global voltada à centralização da cultura organizacional, mesmo com trabalho remoto se consolidando em muitas companhias, ainda são vistos desafios de comunicação que atrapalham o dia a dia. “A pandemia acelerou a digitalização da comunicação, mas agora é o momento de amadurecer esses processos. Comunicação eficaz não se trata sobre a quantidade de mensagens, mas sim o alinhamento, clareza e cultura por trás da comunicação”, analisa ele.

Excesso de e-mails, planilhas soltas e grupos de mensagens não integrados continuam gerando ruído, retrabalho e perda de conexão entre pessoas e objetivos, segundo o diretor. “Ao invés de informar, muitas vezes essas práticas desorganizadas apenas ampliam a sensação de desconexão”, explica Oliveira.

Logo, a comunicação interna (CI) deve ser entendida como um diferencial estratégico. Pensando nisso, o executivo lista a seguir cinco ações práticas que ajudam empresas a transformar a área.

1. Centralize a comunicação em uma plataforma única

Utilizar uma única plataforma que concentre comunicados, chats, gestão de tarefas e arquivos compartilhados é estratégia fundamental visando evitar a fragmentação de informações e a garantia de acesso padronizado a dados essenciais. O resultado é uma “fonte única”, o que reduz retrabalho, minimiza desencontros e acelera decisões. “A meta é reduzir o esforço ativo do colaborador para se manter informado”, pontua Oliveira.

2. Promova uma cultura de comunicação transparente e acessível

Mais do que informar, é preciso envolver. “Criar canais de mão dupla, como fóruns, enquetes, sessões abertas com a liderança e caixas de sugestões digitais, ajuda a construir um ambiente de pertencimento”, explica o especialista.

A transparência deve vir acompanhada de contexto para que as informações, metas, resultados e expostos estejam sempre transparentes. Oliveira ressalta que na prática, a ação aproxima os colaboradores da estratégia corporativa e é a diferença fundamental entre informar e envolver.

3. Estimule a colaboração com ferramentas digitais integradas

Equipes distribuídas precisam de ferramentas que facilitem a colaboração assíncrona. Para o executivo, recursos como quadros de tarefas com cards visuais, grupos de projetos com histórico e documentos compartilhados garantem que o trabalho avance mesmo sem interações simultâneas.

“Tais funcionalidades promovem organização, escalam processos e aumentam a eficiência da equipe, registrando decisões e evitando a perda de conhecimento em caso de transições ou mudanças de equipe”, sinaliza ele.

4. Transforme o RH em um parceiro estratégico

Departamentos como RH e CI equipados com plataformas modernas conseguem automatizar processos operacionais e focar em ações verdadeiramente estratégicas, como bem-estar, clima organizacional e desenvolvimento.

Além disso, o uso de analytics, desenhado a partir de dados sobre engajamento, humor da equipe e padrões de interação, permite diagnósticos mais precisos e ações proativas. “O RH e a área de comunicação interna deixam uma função meramente administrativa para assumirem um papel ativo na construção da cultura e no suporte à liderança”, pontua o diretor da Humand.

5. Crie rituais de conexão e reconhecimento

Para Oliveira, a cultura organizacional se forma nos pequenos gestos do dia a dia. Sendo assim, é possível se apoiar na tecnologia para operacionalizar os comportamentos, seja por meio de elogios públicos entre colegas, celebração de aniversários e conquistas, e eventos híbridos de integração.

Essas práticas também impactam diretamente a motivação e a retenção de talentos, criando um ambiente de trabalho mais positivo. “No final do dia, não se restringe apenas em adotar mais tecnologia, mas em integrá-la a uma estratégia que coloque as pessoas no centro, fortalecendo vínculos e tornando os valores corporativos tangíveis”, finaliza ele.

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