CAESB – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
Esse é apenas um dos casos de BI de sucesso da CAESB. Geralmente quando pensamos em exemplos de tecnologia e inteligência não pensamos em órgãos públicos. Esse é muito importante para mostrar que temos empresas inteligentes e competitivas em todos os setores do Brasil.
A companhia fornece abastecimento de água para aproximadamente de 3 milhões de habitantes e mais de 700 mil ligações ativas, imagine como é necessário ter dados estratégicos para gerir tudo isso. Um dos grandes desafios enfrentados pela CAESB foi conseguir trocar hidrômetros que haviam atingido sua vida útil e diminuir seus índices de perda, porém como trocar os quase 400 mil hidrômetros que estão espalhados por todo DF?
Para responder essa questão foi necessário criar um repositório central de dados (chamamos de DataWarehouse) que juntou inúmeros sistemas e informações como aplicativos móveis e informativos geográficos. Parâmetros como índice de desempenho do hidrômetro, volume consumido e taxa de perda tornaram possível priorizar as trocas e criar um programa de para avaliá-las posteriormente e verificando sua eficácia, retorno financeiro e os benefícios para o meio ambiente. Tudo isso ocorre de forma automatizada e com relatórios gráficos gerências que possibilitam melhorias e adaptações ao longo do tempo.
Toyota USA
Pouca gente sabe, mas a Toyota enfrentou sérios problemas em sua cadeia de operações. Com o aumento do custo de armazenamento dos carros, aumento da demanda de clientes e a ineficácia do processo para fornecer o produto para clientes, a empresa se viu em um momento de crise.
Sistemas muito antigos, informações duplicadas ou erradas e pouquíssimos dados gerenciais não possibilitavam entender como melhorar seus processos e adaptar para a nova realidade. A diretora de tecnologia Barbra Cooper identificou esses problemas e começou a criar uma base de dados centralizada (DataWarehouse) – perceba como esse passo geralmente aparece nos casos. Em sua primeira tentativa infelizmente, não foi possível implementar algo tão concreto por causa dos dados errados dos sistemas antigos que geravam análises precipitadas e incoerentes. A organização demorou alguns anos para conseguir mudar essa política e evitar as informações duplicadas e erradas.
Após o tratamento, uma das informações mais interessantes encontradas foi que a empesa estava sendo cobrada duas vezes de um envio por trem que gerava um rombo de U$800.000,00 dólares – costumamos brincar falando que o BI é o dedo duro da organização. Em pouco tempo a Toyota conseguiu otimizar seus custos de fabricação e fluxos de trabalho, obtendo um retorno de investimento (ROI) de 506%, por isso sempre falamos que tecnologia tem que ser vista como investimento, deve-se plantar para poder colher depois.
Agora que você já tem esses grandes casos para se inspirar, da para usar o tempo da quarentena se planejando e ter sua empresa otimizada e à frente dos seus concorrentes. Vamos juntos descomplicar seus dados!
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